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“Zé Augusto ser candidato era muito bom pra eles (a oposição)”, diz ex-deputado ao falar pela primeira vez após ‘retirar’ pré-candidatura a prefeito

“Será melhor para o nosso grupo político e para a nossa região”, avalia

Zé Augusto é homenageado em evento dos 70 anos de emancipação de Santa Cruz do Capibaribe

O ex-deputado federal José Augusto Maia (SD), falou publicamente pela primeira vez, após as informações de que ele vai assumir um cargo no Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte do Brasil.

A entrevista foi concedida ao programa Independente, do Santa Cruz Online, na noite desta segunda (5), e na ocasião, o ex-deputado confirmou que não irá disputar a eleição em 2024, e que será um apoiador do projeto de reeleição do prefeito Fábio Aragão.

“Temos pontos comuns e incomuns, mas que dentro de um contexto geral será melhor para o nosso grupo político e para a nossa região”, falou Zé.

Taboquinha ou Foguetinho?

Zé Augusto defendeu que nunca esteve fora do denominado grupo ‘Taboquinha’, ao relembrar sua trajetória no partido e as diversas nomenclaturas que já surgiram, sendo a mais recente “foguetinho”, que inclusive serviu de críticas pelo ex-deputado ao afirmar que o prefeito pertencia ao ‘novo batismo’ da denominação.

“Qual é a minha origem? Esse grupo Taboquinha e essas pessoas gostam muito de Zé Augusto e eu também deles, eu tenho uma história com esses Taboquinhas que chamam agora de Foguetinho, eu tenho uma ligação muito grande e uma história muito grande para se romper de uma hora pra outra, então acho que tudo pesou”, diz Zé ao pontuar motivos que lhe fizeram repensar a pré-candidatura.

Possível junção das oposições

Indagado sobre a possível junção entre as oposições, principalmente entre grupos verde e azul, Zé Augusto foi categórico ao afirmar que “observava que essa importância que eles davam a Zé Augusto era mais porque favorecia eles, num era tanto amor que eles tinham por Santa Cruz ou por Zé Augusto não”, disse ele, que também disse ter recebido apoio de “pessoas amigas”.

“Eu era muito incentivado por pessoas amigas minhas que gostam de mim e que queria que eu fosse candidato, pessoas que tem uma história comigo, que me conhecem e conhecem meu trabalho, sabem do meu conteúdo e do que eu fiz por Santa Cruz”, falou.

“Da Fonte era uma trava nesse tempo todo”, disse Zé ao comentar distanciamento de mais de 3 anos com Fábio

Eduardo da Fonte em evento ao lado de Fernando Aragão – Foto: Jairo Gomes

Zé Augusto ainda confessou que o afastamento do prefeito Fábio Aragão com o deputado federal Eduardo da Fonte, ‘abriu’ as portas para o alinhamento político entre ambos. Desde as eleições de 2014, que Zé Augusto alega que Da Fonte impediu sua candidatura à reeleição como deputado federal.

“Eu acho que se Eduardo da Fonte tivesse (aliado do prefeito) não teria acontecido (a aproximação) acho que foi um ponto forte quando houve o distanciamento dele (Fábio) com Eduardo da Fonte (…) é uma pessoa que não gostaria nem de tocar no assunto, mas que teve essa importância de Eduardo não estar porque não precisa mais a gente voltar ao passado aqui, mas todos sabem o que Eduardo fez comigo, ele pra lá e eu pra cá, mas (o afastamento) foi um ponto que me fez se aproximar de Fábio, Eduardo era uma trava nesse tempo todo”, revelou o ex-deputado.

Sem possibilidade de vitória?

Além disso, pela primeira vez também Zé Augusto reconhece que sua pretensão tinha grandes chances de não ser vitoriosa.

“Eu ser candidato sem a possibilidade, suponhamos, de vencer, era uma divisão e um prato cheio para esses adversários históricos do nosso partido e isso também pesou (na decisão de não sair pré-candidato)”, comentou.

Augusto Maia

De acordo com Zé, o seu filho e atual vereador do município, Augusto Maia, foi um dos principais ‘articuladores’ para esse alinhamento, mas Zé também ratificou que a ‘procura’ do prefeito Fábio Aragão foi fundamental.

“Teve o peso do Eduardo da Fonte, o Fábio ter me procurado (…) ele também tem essa contribuição muito grande e, de Augusto, que fez a gente começar a conversar e vê que temos pontos comuns”, concluiu o ex-deputado.

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