Valmir Ribeiro aponta decepção com Raquel Lyra e comenta “turbulências” dentro do grupo Verde

Em entrevista, o empresário e um dos simpatizantes do grupo Verde, Valmir Ribeiro (PP), comentou sobre os rumos do grupo político em Santa Cruz do Capibaribe, e apontou insatisfações internas relacionadas à condução do projeto político. Segundo ele, houve uma imposição por parte de Robson Ferreira, com apoio do Partido Progressistas (PP), no processo de candidatura do grupo nas eleições municipais de 2024.

“Houve uma certa imposição de Robson, com o apoio do PP”, citou ele.

Valmir também apontou os motivos pelos quais o grupo Verde não aceitou a junção com o grupo azul, liderado pelo deputado estadual Edson Vieira (União Brasil).

“Desde a eleição contra Dida, muita gente votou na gente para não manter Edson no poder. Tínhamos consciência de que Edson já teve sua oportunidade e a avaliação era de que ele estava queimado. Fazer uma junção depois de tanto embate é ir contra o que defendemos anteriormente”, afirmou.

Valmir também comentou sobre o perfil de liderança de Edson Vieira.

“Acho muito difícil ele se curvar a outro líder. Uma das nossas preocupações era que, com essa junção, ele quisesse ser o líder maior, sem compartilhar a liderança”, destacou.

Valmir também foi questionado sobre o futuro do grupo Verde, que teve queda expressiva no percentual de votos entre as eleições de 2020 e 2024, com redução de 76,25%. Para ele, o grupo ainda mantém o mesmo propósito.

“Queremos ver uma Santa Cruz melhor. A cidade cresce, mas não se desenvolve. Falta água, mesmo com adutoras; as estradas têm projetos, mas não saem do papel. A saúde e a segurança deveriam ser melhores, considerando a arrecadação do Polo. Só no ano passado, foram mais de R$ 15 bilhões do setor têxtil. Temos um fundo de R$ 7 milhões para apoiar ações do Polo, mas quando tem uma rodada de negócios, mendigam R$ 40 mil. São por essas coisas que o propósito continua”.

Sobre as eleições de 2026, Valmir afirmou que ainda não tem um planejamento e que a definição de apoio a possíveis nomes, como Robson Ferreira, dependerá do grupo.

“Temos que nos reunir e buscar a melhor representatividade, seja um nome interno ou externo. O deputado é estadual, e vamos conversar com quem quiser levantar essa bandeira”, afirmou ele, descartando, de pronto, seu nome na disputa.

Por fim, Valmir comentou sua insatisfação com a governadora Raquel Lyra, apesar de ter apoiado sua candidatura desde o primeiro turno.

“Fiquei decepcionado com a posição da governadora. Passamos um ano tentando uma reunião e não fomos recebidos. Não era para pedir cargos ou se impor nada, mas esperávamos atenção. Apesar disso, ela tem realizado ações, mas de forma muito lenta, como é o caso das obras na BR-104”, concluiu.

Valmir, Allan e Raquel

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