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Foi confirmado na noite desta sexta-feira (23) a morte da ex-vereadora de Santa Cruz do Capibaribe, Zilda Moraes. Ela já foi presidente da Câmara e uma das principais vozes do grupo denominado Boca Preta no município. Zilda estava internada tratando de um câncer raro no Hospital dos Servidores, no Recife.
Zilda Barbosa de Moraes Mena nasceu no distrito de Poço Fundo, zona rural de Santa Cruz do Capibaribe, no dia 02 de setembro de 1949, era filha de Lourival Ferreira de Moraes e Severina Barbosa de Moraes e tinha 12 irmãos.
Ela tinha uma história política de fidelidade, sempre foi defensora do grupo dos ‘Mendonças’, desde a época do deputado federal José Mendonça, e do atual, Mendonça Filho.
Zilda Moraes já exerceu diversos mandatos de vereadora, totalizando seis participações, mas o fato mais marcante, de forma triste, foi a sua cassação quando exercia o mandato de presidente da Câmara sob a acusação de superfaturamento na obra, ela deu a volta por cima e retornou ao legislativo.
Na sua trajetória de vida a ex-vereadora morou na infância em Caruaru, e depois quando sua família retornou a Santa Cruz do Capibaribe seu pai ingressou na política. O pai da ex-vereadora exerceu cargo de representante da população na Câmara e também foi candidato a prefeito. Zilda ainda exerceu cargo na diretoria do Hospital Regional do Agreste (HRA).
Zilda Moraes ingressou na política a convite de Padre Zuzinha e em 1982 foi eleita vereadora. Em toda sua vida, militou em apenas uma sigla partidária, o Democratas, que se fundiu com o PSL (Partido Liberal Social), e atualmente é o União Brasil. A sigla também já foi Arena I, PDS e PFL. A ex-vereadora se destacava pela sua forte defesa na atuação dos ‘Mendonças’ em Santa Cruz do Capibaribe.
Cassação
Um dos momentos mais turbulentos na sua trajetória política foi quando Zilda Moraes, que exerceu a presidência da Câmara por três oportunidades, teve seu mandato cassado, após acusações de superfaturamento nas obras de ampliação da Câmara.
“Quando eu lembro daquele momento, me dá uma revolta, por você ser honesta e querer fazer o bem por Santa Cruz, a inveja subiu à cabeça de alguns, e eu como inocente no caso, achei melhor ser cassada do que renunciar. Vocês não imaginam o sofrimento de um crime que você não cometeu”, falou ela durante uma entrevista ao programa Direto ao Ponto.
Zilda disse que apenas Edson Vieira foi leal a sua inocência. O então, na época, vereador Edson Vieira, foi o único que ficou ao lado da ex-vereadora, de acordo com Zilda, ele sempre afirmou que acreditava na inocência da guerreira e defendeu a mesma inclusive votando contra a sua cassação. “Queriam me enterrar, eu tombei, mas retornei mais forte ainda”, citou.
A volta, após decisão judicial
Zilda relembra que estava no Recife quando recebeu o comunicado de seu irmão, que disse que ela teria que retornar para assumir o seu mandato. “Voltei cheia de esperança e de alegria, preparei meu discurso e nele afirmei que perdoaria todos que queriam o meu mal”, diz emocionada.
A ida para os taboquinhas
Zilda Moraes, que rompeu com o grupo Boca-Preta, pouco tempo antes das eleições de 2012, disse que a sua ida para o grupo se deu por conta de divergências políticas com Edson Vieira.
Morte do irmão
Em abril deste ano, Zilda Moraes perdeu um irmão, o empresário Edmilson Barbosa de Moraes, mais conhecido como “Milson das Tintas Quimilson”, que havia completado 72 anos de idade justamente no dia do seu falecimento.
As informações relacionadas ao velório e sepultamento da ex-vereadora deve ser informado pela família nas próximas horas.