A sociedade criminosa tinha atuação em Santa Cruz do Capibaribe e Caruaru, além de outros estados
O Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) decidiu manter, de forma unânime, a prisão preventiva do suspeito de comandar um esquema de comércio e porte ilegal de arma de fogo, que teve suas investigações realizadas pela Polícia Federal durante a Operação Zona Cinza.
O grupo criminoso existia há mais de três anos e atuava com prestação de serviços ilegais que iam desde a manutenção, customização e até mesmo a obtenção irregular da documentação exigida para portar armas de fogo. Os serviços eram prestados por profissionais sem autorização da Polícia Federal.
Ainda segundo as investigações, o grupo atuava em Santa Cruz do Capibaribe e Caruaru, em Pernambuco, além de outras localidades espalhadas pelo país através dos clubes de tiro, por pessoas jurídicas comandadas pelo suspeito e estruturadas de modo que não aparecessem, formalmente, como principal sócio.
Em uma delas, a mãe detinha 99% do capital social. Apenas uma dessas empresas teve sua receita aumentada de R$ 391.502,54, em 2018, para mais de 60 milhões de reais em 2021.
A desembargadora federal Joana Carolina, relatora do processo, destacou que o oferecimento da denúncia pelo Ministério Público Federal (MPF) não significa que a investigação tenha se encerrado e todas as ramificações do grupo criminoso tenham sido descobertas.
“Não se pode atestar que, em liberdade, o paciente não voltaria a delinquir, máxime à vista da elevada lucratividade propiciada pela atividade”, explicou a desembargadora.