Relatório faz observações sobre reformas, estrutura e quantidade de funcionários, entre outros pontos
Professores que integram o Sinduprom (Sindicato Único dos Profissionais do Magistério Público das Redes Municipais de Ensino no Estado de Pernambuco) estiveram no programa Estúdio Livre da Rádio Polo, esta semana, e apresentaram relatório, segundo eles com diversas deficiências encontradas nas unidades de ensino de Santa Cruz do Capibaribe, após uma série de visitações.
João Paulo, Elieudes Bezerra e Luciene Cordeiro fazem parte da comissão de base do sindicato e afirmam que o levantamento foi criado a partir de pedido dos próprios professores.
Dentre os principais pontos vistoriados, estão: o sistema de climatização das salas de aula; reforma nas escolas; projeto de recuperação das aprendizagens devido ao tempo pandêmico; transparência; número de contratos na folha de pagamento; bibliotecas; saneamento; logística dos transportes; salas de recurso e utilização de anexos em algumas escolas.
“A questão das reformas, que nós vimos nas escolas (…) a maioria dela foi só pintura, e a pintura foi por cima dos buracos existentes, então não foi diferente do que acontecia anteriormente e que a gente sempre combateu”, disse Luciene Cordeiro.
As escolas Donatila da Costa Lima, Professora Ivone Gonçalves, Evany Patriota e a intermediária Maria José (distrito de Poço Fundo), segundo o relatório, exigiriam maior atenção.
“Nas demais escolas também foram encontrados problemas de menor gravidade, os quais não comprometem a realização das aulas, mas que precisam ser corrigidos para melhor acolher os alunos da rede municipal”, traz trecho do relatório.
“O prefeito trazia pra cá que, se fizesse o reajuste salarial dos professores, quebraria a prefeitura. Este relatório é justamente pra mostrar que essa fala cai por terra”, disse Elieudes Bezerra.
Em relação ao quesito transparência, os professores alegaram que foi distribuído um questionário aos servidores lotados nas unidades de educação para que pudessem responder. Alguns se recusaram e alegaram que quaisquer informações deveriam ser solicitadas na Secretaria de Educação.
“Em uma delas, o representante afirmou ter recebido essa orientação e que o prazo para a disponibilidade dos dados era de 20 dias, mesmo afirmando que eles já estavam disponíveis no computador da escola. Questionado sobre a orientação e a legalidade do prazo dito como mínimo para a disponibilidade, não respondeu de onde ela partiu nem baseada em que a decisão foi proferida”, cita o documento.
Outro ponto abordado pelos representantes do Sindicato, foi com relação a climatização das escolas municipais, na qual de 26 unidades, apenas 9 funcionam completamente, duas de forma parcial e as demais escolas sequer foram climatizadas, conforme quadro abaixo.
O relatório será apresentado à Prefeitura e a Secretaria de Educação, após ser remetido à Comissão de base do Sinduprom.