Uma pesquisa realizada pela CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) com 200 empresários de Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste de Pernambuco, revelou um dado preocupante: “seis em cada dez empresários enfrentam dificuldades em precificar seus produtos”.
Os principais obstáculos apontados incluem a necessidade de atualização frequente das informações que compõem os custos e a complexidade na hora de manusear e interagir com sistemas e planilhas que fazem os cálculos. Para 53% dos entrevistados, a falta de regularidade na revisão de custos e preços é um problema recorrente. Esses dados ressaltam que a precificação inadequada pode resultar em preços que não cobrem os custos operacionais da empresa.
Insegurança e Margem de Erro
Outro dado que chama atenção é a insegurança dos confeccionistas: 46% dos que fazem o cálculo de custos e preços admitem não se sentir totalmente confiantes no processo. Muitos temem cometer erros ou esquecer informações importantes, o que pode levar a decisões estratégicas equivocadas.
Impacto na Viabilidade
A precificação incorreta afeta diretamente a saúde financeira das empresas. Preços mal calculados podem significar tanto a perda de competitividade, com valores acima do mercado, quanto prejuízos por valores subestimados que não cobrem os custos reais. Em ambos os casos, a viabilidade do negócio é colocada em risco.
A pesquisa reforça a necessidade de adoção de soluções tecnológicas para automatizar e simplificar o processo de formação de preços, além de maior capacitação dos empresários e colaboradores para garantir que decisões fundamentais sejam tomadas com base em dados confiáveis e precisos.
Esses números evidenciam o desafio contínuo enfrentado pelo Polo de Confecções do Agreste Pernambucano, uma das regiões mais importantes para a indústria têxtil no Brasil. Investir em capacitação e tecnologia é fundamental para assegurar a competitividade e a sustentabilidade desse importante motor econômico.