Reforma Tributária é tema de entrevista na Rádio Polo – Ouça na íntegra

Jacks Barros e Weverton Julião – Foto: Eliton Araujo / Blog da Polo

A Rádio Polo buscando contribuir com as informações relevantes em relação a discussão da Reforma Tributária que tramita no Congresso Nacional há 30 anos e que foi aprovada em dezembro do ano passado. 

Para os esclarecimentos, a emissora contou com a participação do advogado Weverton Julião, do contador Cléber Dias e do educador financeiro Jacks Barros. Na ocasião do debate, eles esclareceram alguns pontos em relação à proposta aprovada pelos deputados federais e senadores.

Contador Cléber Dias – Foto: Eliton Araujo / Blog da Polo

A emenda constitucional simplifica e unifica os tributos sobre o consumo. A nova tributação das mercadorias e dos serviços começará a entrar em vigor em 2026 e só terminará em 2033. A transição para a cobrança do imposto no destino (local de consumo) se iniciará em 2029, levará 50 anos e só será concluída em 2078.

A principal mudança é a extinção de quatro tributos, que serão fundidos no Imposto sobre Valor Agregado (IVA). Esse tributo seguirá o modelo dual, em que parte da administração ficará com a União e outra parte com os estados e municípios.

Os tributos federais a serem extintos são o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Eles serão substituídos pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), a ser arrecadada pela União. Inicialmente, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) seria incorporado à CBS, mas foi mantido e incidirá apenas sobre mercadorias concorrentes às produzidas na Zona Franca de Manaus.

Outros dois impostos a serem extintos são locais: o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), administrado pelos estados; e o Imposto sobre Serviços (ISS), arrecadado pelos municípios. Eles serão substituídos pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).

Em troca de mudanças que trarão o fim da guerra fiscal entre os estados, o governo criará um Fundo de Desenvolvimento Regional para financiar projetos de desenvolvimento em estados mais pobres. Inicialmente orçado em R$ 60 bilhões por ano a partir de 2043, o fundo foi um dos principais pontos de embates durante as discussões.

Diversos governadores pediram a ampliação do valor para R$ 75 bilhões anuais, mas a Câmara inicialmente fixou o montante em R$ 40 bilhões. Posteriormente, o Senado elevou o valor para R$ 60 bilhões por ano. Haverá ainda um novo fundo, também abastecido com recursos da União, para a Zona Franca de Manaus.

A proposta prevê alíquotas reduzidas para alguns setores da economia e abre margem para a criação de um sistema de cashback (devolução de parte do tributo pago), que será regulamentada por lei complementar. O texto também prevê mudanças na tributação sobre patrimônio, com cobrança de imposto sobre meios de transporte de luxo e heranças.

Ouça a entrevista na íntegra e fique por dentro das principais mudanças, principalmente relacionadas ao Polo de Confecções do Agreste de Pernambuco.

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