Professores em Santa Cruz do Capibaribe podem deflagrar greve na próxima sexta-feira

 

Diretor do Sinduprom foi entrevista no Estúdio Livre (Gilson Fernandes/Blog da Polo)

“A gestão trata nossa categoria com muita indiferença, nunca pensei passar um cenário como esse de sequer ser recebido”, reclamou Douglas Ferreira

O diretor do Sinduprom (Sindicato Único dos Profissionais do Magistério Público das Redes Municipais de Ensino do Estado de Pernambuco), Douglas Ferreira fez uma participação esta manhã no programa Estúdio Livre da Rádio Polo e afirmou que o sindicato irá ter uma reunião com os professores na próxima sexta-feira (11), e que possivelmente a greve será deflagrada.

Os professores tem realizado diversos atos buscando sensibilizar a gestão municipal do prefeito Fábio Aragão (PP) com relação ao reajuste salarial de 33,24%. A Prefeitura apresentou uma contraproposta de 10,06%, que não foi aceito pela categoria.

“Na próxima sexta-feira (11) estaremos nos reunindo em assembleia e possivelmente a greve será deflagrada. O discurso (na campanha de 2020) era de que todo direito seria respeitado, e está sendo necessário a gente se mobilizar para garantir o que já é nosso por lei”, sintetizou Douglas.

Vale reforçar que o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) anunciou em janeiro que concederia o reajuste, e no dia 04 de fevereiro, assinou a portaria que formalizou o reajuste em 33,24%. Com isso, o piso salarial dos professores passou de R$ 2.886,00 (Dois mil, oitocentos e oitenta e seis reais) para R$ 3.845,63 (Três mil, oitocentos e quarenta e cinco reais e sessenta e três centavos).

Ainda durante sua participação, o diretor do Sinduprom relatou que está havendo uma precariedade na rede municipal de ensino, como a má-condição de colchões para as crianças dormirem e a má-qualidade da merenda ofertada aos estudantes.

Douglas Ferreira criticou indiferença e falta de diálogo com a categoria (Gilson Fernandes/Blog da Polo)

 

Douglas Ferreira voltou a reclamar na forma como a categoria tem sido tratada na atual gestão e afirmou que “aceitar os 10,06% oferecidos é jogar a nossa luta histórica e a legislação sobre educação no lixo”.

“O prefeito falou muitas inverdades na entrevista concedida aqui na segunda-feira, trazendo dados dos salários médios dos professores, o que é bastante relativo. A fala do prefeito (Fábio Aragão) é muito na direção de dizer que professor ganha muito, sem contar a quantidade de reuniões em que não somos recebidos pelo gestor, temos sido tratados com muita indiferença”, falou.

O diretor do Sinduprom ainda citou exemplos da região que concederam o reajuste garantido em lei, como Taquaritinga do Norte e Toritama.

Assista a entrevista na íntegra.

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