No ar mais uma coluna ‘Politicando’, com os principais fatos da sempre animada (ou quase sempre) cena política de Santa Cruz do Capibaribe.
Pense, numa semana puxada – Uma semana pra lá de movimentada, quase uma semana maluca. Foi isso que tivemos na cena política de Santa Cruz do Capibaribe nos últimos dias. Movimentações, especulações e a possibilidade de termos esse ano na cidade uma candidatura, até bem pouco tempo considerada inimaginável.
O começo – Tudo começou na noite da última terça-feira, quando eu recebi a informação de que após reunião que contou com a participação de integrantes do grupo Verde e membros do PL local, havia sido firmado um acordo em torno da candidatura de Abimael Santos à prefeitura de Santa Cruz. O vice da chapa seria Dida de Nan, anunciado há poucos meses como novo integrante do grupo e filiado ao PL.
As perguntas – Como um rastilho de pólvora a notícia se espalhou na cidade e claro, foi o principal assunto da mídia local na manhã seguinte. As perguntas eram várias, desde a veracidade da informação até mesmo a viabilidade legal e política de uma candidatura como a de Abimael.
Adilson falou – No programa Rádio Debate, da Rádio Polo, o suplente de vereador e articulista político Adilson Bolsonaro negou que o prego havia sido batido, ou seja, segundo ele, não havia ainda sido definido o fechamento de uma chapa majoritária para a eleição de outubro, no entanto, não escondeu sua empolgação em torno do nome de Abimael.
A missão – Segundo ele, uma candidatura de Abimael à prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe seria uma missão, dada por ninguém mais, ninguém menos que Jair Bolsonaro.
Nacionalizar – Adilson já tem o discurso pronto, a estratégia também já está clara: nacionalizar o máximo possível o debate político local, para assim, tirar proveito do potencial bolsonarista que existe na cidade, a única de Pernambuco (talvez a única do Nordeste), onde Bolsonaro venceu os últimos quatro turnos presidenciais.
Mas e Abimael, fala o que sobre o assunto? – Abimael ainda não se pronunciou sobre o assunto. Apesar de Adilson ter prometido na Polo que ele falaria sobre a possível candidatura em breve, até agora ele não deu uma palavra sequer sobre a possibilidade de ser ou não candidato a prefeito de Santa Cruz do Capibaribe.
Apoio estadual – Ontem, participando de evento do PL em Olinda, promovido por Izabel Urquiza, Abimael chegou a ser saudado por Gilson Machado Neto, nome poderoso do PL estadual, como ‘alguém que pode ser prefeito em breve’. A fala de Gilson deixou claro que a pauta já foi levada para a direção estadual do partido, e mais, que já teria a concordância e apoio dos dirigentes maiores do PL.
Na bronca – Mas se Adilson está empolgado com a possível candidatura de Abimael, outro nome importante do PL local, Robson Ferreira, está “P” da vida com esta articulação. Robson disse na manhã desta quinta na Rádio Polo que é totalmente contra uma candidatura do deputado estadual em Santa Cruz e chegou a dizer que ‘ele deveria ser candidato a prefeito em Toritama’.
P da vida – Desafeto público de Adilson e agora também de Abimael, Robson se mostrou muito chateado com a forma como o PL e o grupo Verde têm conduzido as tratativas em torno da eleição deste ano. Segundo ele, muitos erros foram cometidos até o momento, tornando praticamente inviável uma união ampla das oposições santa-cruzenses.
Rumo ao PP? – Robson, que não confirma uma pré-candidatura a prefeito ou vice, afastou a possibilidade de disputar uma vaga na Câmara de Vereadores. Ele disse ainda que não afasta a possibilidade de ir para outra legenda, caso seja realmente ‘voto vencido’ no PL e cravou que o PP, de Eduardo da Fonte, pode sim, ser uma opção, caso ele vá mesmo para a disputa eleitoral.
Travou tudo – Em meio a muitas especulações o grupo Boca-Preta assiste a tudo, acreditando ainda em uma união das oposições. Uma conjuntura que une o grupo ao PL e ao grupo Verde é defendida publicamente pelo deputado estadual Edson Vieira. O lançamento de uma candidatura do PL, entretanto, torna tal articulação quase impossível.
De camarote – Já o prefeito Fábio Aragão e o seu partido assistem a tudo de camarote. Bem avaliado e com o grupo pacificado, Fábio caminha para uma reeleição tranquila, onde, caso se confirme a fragmentação das oposições, ele terá como principal missão: manter o foco na disputa, sem se deixar levar pelo traiçoeiro sentimento do ‘já ganhou’.
E para finalizar, perguntar não ofende: O que acontece de fato no PL: Uma queda de braços ou uma briga de egos?
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