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POLITICANDO – Com César Mello

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No ar mais uma coluna ‘Politicando’, com os principais fatos da sempre animada (ou quase sempre) cena política de Santa Cruz do Capibaribe.

A sessão – Uma verdadeira ‘Guerra de nervos’. Assim podemos definir a sessão ocorrida na tarde desta quinta na Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Capibaribe, quando foi apresentado o projeto que prevê a autorização por parte do Legislativo para que a Prefeitura contraia um empréstimo junto à Caixa Econômica Federal para a edificação de um novo hospital para a cidade.

A polêmica – Depois de quase quatro horas de debates quentes, a pauta travou na discussão em torno de uma das emendas apresentadas pela vereadora Jéssyca Cavalcanti. A emenda prevê a redução na quantidade de parcelas do empréstimo, limitando a 36 meses o prazo para que a prefeitura quite o mesmo junto à Caixa. A proposta recebeu nove votos favoráveis e sete contrários e o imbróglio se deu em torno da necessidade ou não do mesmo ter que ser aprovado por maioria simples ou se por maioria qualificada (dois terços dos votos dos vereadores).

A estratégia – O vereador Carlinhos da Cohab pediu vistas do projeto, a sessão foi suspensa e pós-reunião a bancada do prefeito Fábio Aragão afirmou que irá judicializar a questão, pois, para eles, a aprovação por maioria simples foi irregular. Ainda na manhã desta sexta a Justiça deverá ser provocada.

As emendas – Antes da votação da polêmica emenda da vereadora Jéssyca, outras duas emendas de autoria dela mesma já haviam sido votadas e aprovadas, com, inclusive, votos da bancada de situação. A vereadora Nega também apresentou duas emendas, que mais adiante foram retiradas de pauta. Ela afirmou que na próxima reunião voltará a apresentá-las com correções, pois em determinado momento, aparentemente, nem ela mesma sabia o que desejava com as suas emendas.

O que ficou claro – Algumas leituras podem e devem ser feitas após a reunião desta quinta. Uma delas é que a vereadora Jéssyca tem praticamente uma atuação solo em sua bancada. A impressão que todos (ou quase todos) que acompanharam a reunião tiveram é que apenas ela havia se preparado para o duro debate que aconteceria na Câmara.

Exagero – A coisa foi tão flagrante, que em determinados momentos Jéssyca chegou a querer comandar a sessão, dizendo o que o presidente da Casa deveria ou não fazer. Em mais de um momento Carlinhos da Cohab chegou a dizer que ela não era a presidente, e sim Zeba. A força da presença de Jéssyca, mais uma vez, evidencia a fragilidade dos demais integrantes da bancada Boca-Preta.

Afinados – Outra leitura que necessita ser feita é a forma coordenada e uníssona como a bancada Taboquinha foi para a reunião desta quinta. Ao contrário do que ocorreu no campo azul, o lado vermelho visivelmente se preparou para a sessão e afinou o discurso, fazendo com o que todos os integrantes participassem dos debates e embates.

A surpresa“Gilson não era eficiente assim, na bancada da gente”. Essa foi a alfinetada de Jessyca no vereador Gilson Julião, neogovernista e que teve atuação destacada na reunião. Gilson usou de todo o seu conhecimento jurídico e de sua habilidade política para destravar ou esclarecer vários pontos debatidos.

O camisa 10“Aqui estou feliz e jogando de titular”, rebateu Gilson, deixando claro como está à vontade em seu novo grupo político. Ele chegou a dizer fora dos microfones que “Jéssyca não o deixava à vontade na bancada azul”.

Pense num desmantelo – Ah, e antes que eu esqueça, o presidente Zeba, apesar de toda pose, se perdeu em várias oportunidades na reunião. A mais clara delas, quando confessou que não tinha ouvido o veredito do corpo jurídico da Câmara, na polêmica em torno da necessidade ou não de maioria qualificada na votação da emenda apresentada por Jéssyca, que acabou travando a discussão.

Quero mesmo ver… – Informações de bastidores dão como certa uma posição contrária do jurídico da Câmara ao entendimento e posição tomada por Zeba na votação da emenda, o que, caso se confirme, será péssimo para a imagem do presidente e de toda a sua equipe de auxiliares. É esperar e conferir…

[NO AR] – Para finalizar, é válido registrar que a Rádio Farol FM venceu o processo de Contratação Direta, e ganhou o direito de transmitir todas as sessões ordinárias da Câmara pelos próximos quatro meses. A emissora de Taquaritinga do Norte é conhecida por ter um amplo alcance do seu sinal, tendo grande audiência, principalmente na zona rural de cidades do Agreste.

E para finalizar, perguntar não ofende: Como pode, em uma reunião importante como a dessa quinta-feira, um vereador entrar mudo e sair calado da sessão?

Para mais informações da política e cotidiano acesse também o www.blogdocesarmello.com.br

As opiniões expressas nesta coluna, são de responsabilidade de seu autor

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