Pesquisadora santa-cruzense publica artigo na revista Carta Capital sobre moda informal

As condições de trabalho das costureiras do Polo de Confecções do Estado foram pontuadas pelo estudo

Apesar de todos os avanços tecnológicos, o setor de Confecção ainda não conseguiu oportunizar melhores condições de trabalho às mulheres profissionais da costura, principalmente aquelas que trabalham em domicílio. A professora, pesquisadora, idealizadora e co-fundadora do Coletivo Mulheres do Polo, Virgínia Vasconcelos, traz à tona essa discussão ressaltando a ausência de transparência e de ações efetivas que tirem da informalidade milhares de mulheres, através do artigo “Moda verdadeiramente responsável deve proteger as costureiras informais”, publicado nesta semana pela revista Carta Aberta.

O artigo destaca ainda que as costureiras detêm uma participação significativa na produção de roupas, mas ainda sem a garantia de direitos e as condições mínimas de trabalho. “Trata-se, em sua maioria, de trabalhos realizados em domicílio, mediante contratos de trabalho flexíveis, sem garantias, sem direitos e mediante pagamento por peça produzida, ou seja, um contexto em que as costureiras atuam com direitos violados e/ou negados,” pontua Virgínia.

No Polo de Confecções do Agreste de Pernambuco, um dos maiores do seu segmento no país, uma pesquisa do SEBRAE de 2012, 80% das empresas atuavam na informalidade com produção, até então, predominantemente terceirizada, fragmentada em unidades produtivas familiares e domiciliares. Desde então, a continuidade da intermediação entre fornecedor formal e produtor informal, a ausência de transparência no monitoramento da produção, muitas vezes decorrente da terceirização de processos, e a vulnerabilidade socioeconômica das costureiras têm contribuído para a estabilização desse percentual.

Uma das iniciativas para mudar essa realidade e que busca conscientizar as grandes empresas da urgência de discutir e, principalmente, de inserir essas mulheres em mecanismo de proteção e de trabalho digno é o Coletivo Mulheres do Polo, apresentado pela pesquisadora no artigo. “A transparência deve começar pelo reconhecimento público da existência de uma indústria informal, marcada pelo trabalho precário e a falta de direitos, onde as mulheres são as mais afetadas,” destaca Virgínia.

Para ler o artigo na íntegra, acesse o link: 

Compartilhe agora essa notícia!

Facebook
WhatsApp
Twitter