Após receber denúncias anônimas, o efetivo da Guarda Civil Municipal através da Patrulha Ambiental, apreendeu duas pessoas na conhecida ‘Feira do Troca’ de Santa Cruz do Capibaribe, exibindo cobras as pessoas que circulavam pelo local.
De acordo com as informações, as duas pessoas se autodenominavam como ‘Índios’ que manuseavam as serpentes com intuito de obter ganhos financeiros com a exibição das cobras.
Ao chegar ao local, o efetivo foi informado pelos suspeitos que não estavam com nenhum animal silvestre, mas durante buscas, os agentes encontraram três cobras escondidas em caixas de madeiras.
Os dois suspeitos foram levados até a Delegacia de Polícia, que resultou em flagrante crime ambiental e houve a apreensão de uma caminhoneta, um reboque e cinco caixas artesanais que eram usadas para transportas cobras, incluindo uma caixa especifica para cobra peçonhenta.
Três cobras, sendo uma jiboia de 60 centímetros, outra medindo 1,5 metros e uma cascavel de aproximadamente 1,2 metros foram levadas até o Cetas Tangará (Centro de Triagem de Animais Silvestres) em Aldeia, onde passaram por avaliação veterinária e iniciarão o processo de readequação ao meio ambiente.
O caso se enquadra como crime ambiental dada as circunstâncias de abuso e criação ilegal de animais silvestres (não havia com os suspeitos, nenhuma autorização emitida por órgãos).
A Patrulha Ambiental alerta que serpentes não devem ser retiradas da natureza para criação em residências e nem tampouco manipuladas em quaisquer circunstâncias. Apesar de algumas não possuírem peçonha (veneno) a sua picada pode ser extremamente dolorosa e o risco de infecção é alto.
No caso da Cascavel, sua peçonha possui 65% de crotoxina, proteína que é seu principal componente ativo que inibe os movimentos musculares causando parada cardiorrespiratória levando a vítima a óbito entre 2h e 6h.
Caso depare-se com uma serpente, acione a Patrulha Ambiental pelo número: 9. 8239-1922.