“Não vejo hoje em Santa Cruz uma situação de oposição dividida, tem que conversar de alguma forma”, diz Alan César

Foto: Eliton Araujo

O empresário Alan César, apontado como uma das lideranças do grupo Verde de Santa Cruz do Capibaribe, se mostrou receptivo para uma composição com o grupo azul, liderado pelo deputado estadual Edson Vieira (União Brasil). Para Alan, o resultado eleitoral deste ano “deu recado”, principalmente para o grupo azul.

“As urnas deram um recado para o grupo Azul, que é muito tradicional e antigo, e eles tem que pensar o que vão querer daqui pra frente, já o Verde saiu abalado com essa votação que foi muito pequena em relação a 2020. Eu não vejo hoje em Santa Cruz uma situação de oposição dividida, e para sobreviverem têm que conversar de alguma forma, e de repente uma nova liderança que possa surgir e carregar essa bandeira de oposição”, disse.

Outro ponto explorado na entrevista concedida ao Programa Independente do Santa Cruz Online, o empresário avaliou a escolha do candidato a prefeito pelo grupo verde na eleição deste ano, que foi o também empresário Robson Ferreira (PP) que teve 3.805 votos.

“A gente teve um processo de escolha tardio, não conseguimos chegar a um nome que pudéssemos fazer uma pré-campanha, e tentar trazer aquele capital eleitoral que conseguimos em 2020, e essa indecisão enfraqueceu demais, e as pessoas não foram mais acreditando e indo para outros grupos”, avaliou.

Ainda segundo Alan César, o grupo azul errou na estratégia de campanha ao nacionalizar a disputa e classificou o prefeito Fábio Aragão como um “fenômeno”, destacando que ele conseguiu transferir seu capital eleitoral para o vice-prefeito Helinho Aragão (PSD) que venceu o pleito com a maior votação da história do município.

“Naquele momento as pessoas entenderam que o Governo de continuidade seria a melhor opção”, destacou Alan.

2026

Indagado sobre a possibilidade de lançar seu nome para uma disputa em 2026, Alan César foi categórico ao afirmar que “ainda é cedo”.

“Eu acho muito cedo a gente falar, de colocar meu nome ou não, porque a gente tem que entender como as oposições irão se comportar. O Azul já tá conversando e o Verde ainda não sentou depois das eleições (…) e tem que ter um nome em comum acordo que pudesse tá liderando esse movimento”, ressaltou.

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