
Há três anos, faleceu em Santa Cruz do Capibaribe o poeta e repentista Amaro Dias, aos 87 anos de idade. Natural do Sítio Paquevira em Taquaritinga do Norte, Amaro Paulo Dias nasceu em 21 de setembro de 1934.
O poeta foi internado em um hospital de Campina Grande-PB onde foi submetido a um procedimento cirúrgico, após dores abdominais, ele não resistiu às complicações do pós-operatório.

Amaro residiu na Paquevira até os vinte anos de idade, mas em virtude das dificuldades de arranjar trabalho naquela época viajou para São Paulo em busca de sobrevivência, onde permaneceu até os vinte e oito anos de idade. Na Capital Paulista, o poeta iniciou sua trajetória enquanto repentista e retornou na década de 1960 para Pernambuco, onde fez parte do quadro do programa “A Voz do Sertão“, da Rádio Difusora de Caruaru.
Em 1968 foi morar em Campina Grande-PB onde substituiu, por um bom período, o repentista José Gonçalves (já falecido). Nessa época, Amaro Dias fez dupla com Cícero Bernardes, já falecido.

Nesse mesmo ano, foi residir em Pesqueira onde apresentou, ao lado de José Vicente da Paraíba e o cantador José Andorinha, um programa de cantoria. Em Belo Jardim, na Rádio Difusora Bituri, apresentou outro programa de violeiros ao lado de Manuel Pedro Clemente (poeta cego) e Manoel Paulino.

Anos depois, se mudou para Santa Cruz do Capibaribe e criou o Programa Violeiros do Vale, na Rádio Vale do Capibaribe, programa que entrou no ar no mesmo dia em que a própria rádio (29 de dezembro de 1985).
Amaro Paulo Dias também dá nome a uma rua no loteamento Armando Aleixo em Santa Cruz do Capibaribe.