Na manhã deste sábado (11), morreu a mulher de 56 anos que havia contraído raiva após ser mordida por um sagui em Santa Maria do Cambucá, no Agreste de Pernambuco. A paciente estava internada no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), em Santo Amaro, no Recife, e foi o primeiro caso da doença registrado no estado em oito anos.
A mulher, cujo nome não foi divulgado, foi mordida pelo animal na mão esquerda no dia 28 de novembro de 2024. Ela procurou atendimento médico, onde foi orientada a retornar para a administração de soro e quatro doses de injeções, mas não deu continuidade ao tratamento. Quase 30 dias após o incidente, ela começou a apresentar sintomas da doença, que inicialmente eram leves, mas agravaram-se com o tempo. A paciente voltou a procurar atendimento na cidade onde residia e foi transferida para o Huoc.
Segundo os médicos, o agravamento do quadro ocorreu devido à falta de profilaxia no momento adequado, o que contribuiu para o desenvolvimento da doença. A raiva humana, uma infecção viral transmitida por animais, tem alta taxa de letalidade, sendo considerada fatal em quase todos os casos em que não há intervenção médica precoce.
Em caso de mordida por animais silvestres, é recomendado procurar assistência médica imediatamente. O tratamento profilático, que envolve a aplicação de soro e imunização com vacinas, deve ser realizado logo após a exposição ao risco. A falta de tratamento adequado pode levar ao agravamento dos sintomas e à morte, como foi o caso da mulher em Santa Maria do Cambucá.
A raiva humana é uma doença rara, mas extremamente grave, que afeta o sistema nervoso central e é fatal caso não seja tratada adequadamente. Em 2009, um adolescente pernambucano de 16 anos foi o primeiro brasileiro a sobreviver à raiva humana, após ser mordido por um morcego.
Em nota, o Hospital Universitário Oswaldo Cruz lamentou a morte da paciente e expressou condolências à família, desejando conforto e força neste momento difícil.