Ele dormiu na rua e não conseguiu contato com familiares por quase 15 dias

Embarcando alegre e com a expectativa de passar o Natal e o Ano Novo ao lado dos seus pais em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste pernambucano, Marcelo de Oliveira, um cidadão paulista, por pouco não teve um fim bastante triste durante uma viagem que deveria durar três dias, entre os estados de São Paulo e Pernambuco.
Ao deixar a cidade paulista de Diadema no dia 7 de dezembro, ele seguiu viagem por quase 24h e no dia posterior, ao descer em uma parada do ônibus no estado de Minas Gerais para lanchar, teve a infeliz surpresa de, ao voltar para seguir viagem, o ônibus já havia ido embora, levando seus pertences e uma certa quantia em dinheiro, além de todos os seus documentos.
Desesperado, ele tentou uma forma de voltar, mas sem dinheiro e sem nenhum aparelho celular para entrar em contato com os familiares, ele acabou tendo que dormir na rua por quase uma semana, onde alegou que ficou próximo a um esgoto e depois foi colocado em um abrigo, após ter ficado com a saúde bastante debilitada.
“Estava chovendo bastante e daí eu fui dormir perto de uma boca de esgoto, fiquei dois dias dentro de lá e quase que morri. Depois fiquei mais três dias dormindo na rua no chão duro por causa da empresa Catedral”, comentou ele.
Marcelo ainda afirmou que tem tentado contato com a empresa para que seja realizado a devolução dos pertences e que seja ressarcido, já que ele precisou comprar duas passagens para o mesmo destino.
Ele procurou a Delegacia de Polícia Civil de Santa Cruz do Capibaribe para registrar um boletim de ocorrência contra a empresa.
Seu pai, Geraldo Falcão, esteve acompanhando seu filho no registro do BO e comentou sobre a apreensão de esperar seu filho sem ter informações. Ele chegou a registrar outro boletim por desaparecimento na delegacia de Caruaru e pontuou que percorreu algumas ruas com uma foto dele para saber se as pessoas avistaram o cidadão.
“Fui para Caruaru e esperei até o último ônibus que chegou a meia noite e ele não chegou, voltei a Santa Cruz e na segunda fui novamente na rodoviária e pelas ruas de Caruaru para perguntar se as pessoas viram ele, mas ninguém havia visto”.
“Uma viagem que era para levar 3 dias, se passou 15 dias para que ele chegasse aqui. Agora vamos em busca de Justiça para que ninguém possa passar por isso”, falou seu genitor.