
“Sem papas na língua”: A expressão está relacionada com a ideia de que algumas pessoas preferem ser sinceras e dizer o que pensam, mesmo que isso possa causar desconforto ou controvérsia e foi assim que Batata, ex-vereador de Taquaritinga do Norte e candidato a vice-prefeito na chapa do grupo Calabar nas últimas eleições se comportou no programa Agreste em Debate do último sábado, 15/03, na Rádio Vale.
Raquel não: Segundo Batata, o grupo Calabar é formado por correntes, e o mesmo faz parte da corrente que não apoiará a governadora Raquel Lyra, pois segundo o mesmo, ela teria dado as costas a Taquaritinga e não cumprido a promessa que haveria feito a chapa em se fazer presente na campanha da cidade, entre outros pontos destacados. Mas Batata deseja que o grupo chegue a um denominador comum em apoio a um candidato a governador, mas não abre mão de não votar em Raquel.
Com Raquel: Necessário destacar que a principal liderança do grupo Calabar hoje, o ex-prefeito Lero, já afirmou que apoiará a reeleição da governadora Raquel Lyra, ou seja, assistiremos uma quebra de braço das “Correntes Calabar” em Taquaritinga do Norte em diversos aspectos.
São quantas correntes?: Necessário entender quantas “correntes” existem no Grupo Calabar hoje e o quanto irão se dividir no próximo pleito, após uma derrota a nível municipal, pois tem “corrente” de vereadores de mandato que não irão com o deputado estadual e federal que Lero apoia, assim como tem “corrente” que não estarão juntos para governador, entre outros.
Não vai queimar a língua: Batata, ao fazer uma observação sobre os quase 100 dias do governo Gena, afirmou que gostaria de queimar a língua sobre a atual gestão, mas disse acreditar, ao fazer algumas pontuações, que não dará certo e que mesmo sem mandato irá fiscalizar o governo.
Não se acovardem: Ao ser questionado se faltava um posicionamento mais firme da oposição neste início de governo, Batata destacou que espera que “os nossos vereadores de oposição façam o seu dever, não se acovardem no tempo que aparecer denúncias, não se acovardem a fiscalizar”. Segundo Batata, a população está observando e a oposição precisa aprender a viver no sol quente, não podendo estar acostumado a apenas viver na sombra, em uma simbologia interessante para quem ficou muito tempo no poder e hoje se vê na oposição.
Disposto: A postura de Batata, em entrevista, se assemelha com a qual o mesmo teve quando fez parte do grupo Boca preta, após a derrota de Jânio em 2020, onde tentou, naquele momento, assumir a liderança e se credenciar para disputar a prefeitura pelo grupo a época, não conseguiu e fez parte da chapa do grupo Calabar. Hoje, Batata repete a postura e não duvido que o ex-vereador esteja observando a fragilidade do grupo pós-eleições e tentando construir o seu nome para 2028.