Uma imagem…: Nos bastidores da política aprendemos que muitas vezes uma foto é só uma foto, mas na grande maioria das vezes ela é recheada de simbologias. No decorrer da semana duas fotos divulgadas pelos principais grupos políticos da cidade trouxeram a busca pela solidez, mas nos faz levar a interpretações.
Imagem da situação: Com uma tarefa que não vem sendo fácil de conduzir, o grupo de Situação divulgou uma foto nas redes sociais de uma reunião com a participação do prefeito Fábio Aragão, do prefeito eleito Helinho Aragão, vice-prefeito eleito Flávio Pontes, deputado Diogo Moraes e a bancada de vereadores eleita, composta por 12 parlamentares. Em uma primeira visão, a imagem traz a solidez de um grupo que saiu gigante das eleições, mas…
Nada resolvido: Foi mais uma reunião sem definição da Mesa Diretora de 2025 por parte do grupo de Situação. O que ficou definido é que os “líderes não irão se impor” e que o grupo não aceita composição da Mesa Diretora com as oposições, pois tem uma bancada com um número de parlamentares suficiente para fazer a mesa.
Afinidade?: A imagem do grupo de situação ainda tenta mostrar a “unidade das lideranças”, mas 2026 é logo ali. As “portas abertas” deixadas pelo bem avaliado prefeito Fábio Aragão em disputar algum cargo no pleito de 2026, entre eles, uma vaga na ALEPE, deixa um clima de tensão no grupo e alerta no deputado Diogo Moraes.
A imagem da oposição: O grupo Boca Preta vem ou vinha passando por alfinetadas públicas entre seus membros, mas uma imagem publicada nas redes sociais com a presença de Joselito Pedro e a vereadora Jéssyca Cavalcanti, na casa da família Vieira em Tamandaré, ao lado do deputado estadual Edson Vieira e Alessandra Vieira, tenta repassar que “está tudo resolvido”.
O lógico: Como já havíamos comentado, tanto em nossa coluna, quanto no programa Rádio Debate, na Rádio Polo, sobra vontade de peitar a liderança do deputado Edson Vieira, mas falta muita coragem para tal ato. É nesse contexto que sempre afirmamos que Edson continuará por muito tempo como a liderança do grupo Boca Preta, assim como acreditamos que será a liderança das oposições, devido a fragilidade do grupo Verde pós-eleições, onde seus principais membros não conseguem afirmar se o grupo continuará existindo.
Fim trágico: O grupo Verde caminha para um fim trágico, tendo como principal caminho de suas lideranças, optar por se abrigar nos grupos tradicionais, sendo liderados pelos Aragão, Moraes, Maias e Vieiras. Uma ironia do destino para quem surgiu como o discurso de “condenar a velha política”, a perpetuação das famílias tradicionais no poder e se colocar como uma nova opção.