As Curtinhas do Romenyck Stiffen

Reflexão: Uma semana após os resultados das urnas, as nossas curtinhas estão de volta e traremos o nosso ponto de vista em relação a algumas cidades de nossa região. A primeira será Santa Cruz do Capibaribe, onde a reflexão é necessária para os principais grupos políticos da cidade.

Histórico bom: O prefeito eleito Helinho Aragão fez história ao vencer uma eleição onde vários recordes foram quebrados, dos quais podemos destacar: o prefeito eleito com a maior votação da história, seja em números de votos ou proporcionalmente, o que fez bater outros recordes a exemplo da maior frente, seja em votos ou proporcionalmente, além da marca de ter vencido em todas as urnas do município e pela primeira vez um candidato fora do grupo Boca Preta venceu em toda Zona Rural, a exemplo de Poço Fundo.

Histórico ruim: Do outro lado, Alessandra Vieira arrastou o histórico de ter sido a candidata a prefeita com a pior votação proporcional da história do grupo Boca Preta (estamos falando em 70 anos), além de ter a pior votação do seu grupo político em número de votos dos últimos 28 anos, sem esquecer a marca em seu grupo de ter sido a primeira candidata a perder em toda zona rural, a exemplo de Poço Fundo, e não vencer em nenhuma urna do munícipio, fazendo com isso o grupo perder o tabu de 20 anos que não elegia um número de vereadores abaixo do seu principal grupo rival.

Regressão: A observação em relação ao grupo Verde não é necessariamente histórica, pois história fizeram há quatro anos com a melhor campanha de uma terceira via, onde não alcançaram uma prefeitura por pouco mais de 300 votos. Mas a observação é a regressão estrondosa em números de votos de uma eleição para outra.

A resposta: Fábio Aragão e sua gestão, essa é, sim, a principal resposta. Apesar dos méritos de uma quase que impecável campanha conduzida por Helinho e dos sucessivos erros da oposição, o nome da eleição foi o prefeito Fábio Aragão, o mesmo é detentor de uma aprovação histórica e uma forma de governar sem comprovações de escândalos que arranhasse o seu nome ou sua gestão (o que deveria ser obrigação), além de um marketing bem feito nas redes sociais e em toda mídia, tendo a honestidade como carro-chefe.

Cativou: A receita citada na curtinha anterior, com muitas ações que deveria simplesmente ser obrigação para qualquer gestor, se tornou, na gestão Fábio Aragão, grandes feitos nunca antes realizados. Foi nesse contexto que Aragão foi transformando em uma tendência entre crianças e jovens e cativou o público que há quatro anos não votou nele, inclusive muitas famílias do tradicional grupo Boca Preta.

Acabou: Fábio Aragão e a referida eleição mostrou, por vez, algo que 2020 já apresentava. Não podemos dizer que a paixão política entre Bocas Pretas e Taboquinhas acabou, mas podemos afirmar que não é mais decisiva em uma majoritária, a cidade cresceu e ações de uma gestão determinam uma tendência e essa é a maior reflexão que os grupos de oposições e situação devem fazer.

Sombra: Helinho terá um grande desafio a partir de 2025, criar uma identidade que supere Fábio Aragão e conduzir um grupo político que herdará gigante, nenhum dos dois desafios são fáceis, assim como não são impossíveis. O cartão postal será a condução do processo de escolha da Presidência da Câmara que ocorrerá em primeiro de janeiro de 2025, data de sua posse.

Entender: As oposições restam entender como será a gestão Helinho Aragão assim como reverter a atual tendência denominada Fábio Aragão, mas isso são pontos externos e o tempo fará questão de mostrar, o maior desafio, de fato, é entender os problemas internos, por exemplo, o grupo azul conseguirá refletir que a fila anda no que diz respeito a lideranças e que o sobrenome Vieira tem um desgaste político gigante? Os próprios Vieiras estão prontos para essa reflexão que já deveriam ter feito desde o resultado das urnas de 2016? Nos verdes, o ego de um grupo que nasceu grande e hoje se tornou uma terceira via comum, estão preparados para entender que fez uma casa bonita de colunas frágeis e em pouco tempo foi condenada, precisando derrubar o que foi feito e recomeçar do alicerce?

Nada fácil: O comodismo de uma grande vitória e a falta do reconhecimento do (s) próprios (s) erros na derrota, faz a reflexão se tornar uma tarefa muito difícil. Mas, como falei no início dessa coluna, a reflexão é necessária para manutenção de um grupo no poder ou volta dele, ou seja, vencedores e vencidos precisam refletir sobre o resultado das urnas para dar os próximos passos.

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