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DEMOCRACIA
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Democracia: Democracia é o regime de governo cuja origem do poder vem do povo. Em um Estado democrático, todos os cidadãos possuem o mesmo estatuto e têm garantido o direito à participação política. É com essa reflexão que iniciamos as curtinhas de hoje, apontado que todos têm o direito de votar e ser votado, contudo, não podemos deixar de fazer uma reflexão aos nossos eternos pré-candidatos que mais parece uma “volta ao passado”.
Taquaritinga: A nossa querida Dália das Serras é a cidade que mais vem respirando política e tem uma das pré-campanhas mais intensa da região. Seis nomes, sendo três do grupo de situação e três dos grupos de oposições, estão com o bloco na rua disputando a preferência para cabeça de chapa, rumo a 2024.
Faz tempo: Contudo, dois desses seis nomes já governaram a cidade no mínimo por duas oportunidades, um deles é Jânio Arruda que disputa a prefeitura desde 1988, quase que de forma ininterrupta, só não disputou 1992 (não havia reeleição) e 2012 (disputou o cargo de vereador). Basicamente o grupo de um homem só, se observado nas disputas da majoritária.
Quer voltar: Evilásio Araújo que foi eleito por duas oportunidades, 2008 e 2012, teve o seu nome à disposição da majoritária na pré-campanha de 2020 e atualmente volta a colocar o bloco na rua para 2024. Uma coisa que sempre me chamou atenção no grupo Calabar, é a falta de oportunidade que os vereadores do grupo tiveram, no mínimo nas duas últimas décadas, pois não são lembrados em nenhum dos cargos da majoritária. Contudo, uma receita que vem dando certo.
Brejo: O prefeito Roberto Asfora é o candidato natural do grupo de situação, contudo, necessário destacar que Roberto também disputa a prefeitura do município, quase que de forma ininterrupta, desde 1996. Seu nome só não aparece em 2008, pois já estava governando o município por dois mandatos, e em 2016, pois ao perceber que poderia ter complicações jurídicas na candidatura, colocou a esposa Mônica Asfora no lugar. Outro dado curioso, desde 1996 que o grupo denominando Jacaré disputa a prefeitura com alguém que tem o sobrenome Asfora, é basicamente um grupo familiar, se observado nas disputas da majoritária.
Santa Cruz: José Augusto Maia vem reafirmando sua pretensão de disputar as eleições de 2024. Zé já disputou três vezes o cargo de prefeito e quatro majoritária se contarmos a vice de 1992. Desde 2016, quando Fernando Aragão colocou o nome à disposição na disputa, Zé falava nas pré-campanhas que o grupo Taboquinha precisava de um nome novo, um jovem, para disputar a prefeitura e reencontrar o caminho da vitória e da gestão, além de oxigenar o grupo.
O que houve?: Curiosamente o jovem empresário Fábio Aragão, filho de Fernando, disputa sua primeira eleição em 2020, ao lado de outro jovem, Helinho Aragão, tendo dois jovens filhos de Zé na disputa de vereador, sendo um eleito e outro ficou no quase. Os jovens Fábio e Helinho vencem, hoje, contam provavelmente com a bancada de maior número de jovens em sua composição nessa legislatura, ou seja, a “receita do Zé” deu certo, mas do que natural Fábio ser o candidato à reeleição com esse conjunto de “jovens”, mas algo mudou na visão política de José Augusto Maia de 2020 para cá.
Alê?: O nome de Alessandra Vieira vem ganhando espaço e gosto popular na pré-campanha do grupo Boca Preta, sendo um dos nomes mais cotados para disputa da cabeça da majoritária de 2024. Mas assim como observamos nas demais cidades, não poderíamos deixar de observar em Santa Cruz, nesse contexto, o sobrenome Vieira, ao lado de Aragão e Maias são figurinhas carimbadas nas majoritárias das últimas décadas. Para se ter uma ideia, no grupo Boca Preta, de 2006 a 2022, entre candidatos a prefeito e deputados estaduais, a cada dois anos, o eleitor só não teve opção do sobrenome Vieira por duas oportunidades, em 2014, quando o candidato a deputado estadual foi Diogo Moraes, e em 2020, quando o candidato a prefeito foi Dida.
Um direito: Contudo, assim como iniciamos as curtinhas de hoje, iremos finalizar, apontando que no Estado Democrático, todos os cidadãos possuem o mesmo estatuto e têm garantido o direito à participação política. Mas é nesse mesmo Estado Democrático que temos o direito de refletir sobre os nomes e sobrenomes que tentam se manter no poder ou no protagonismo da discussão política nas últimas décadas.
As opiniões expressas nesta coluna, são de responsabilidade de seu autor
