
A vereadora Jéssyca Cavalcanti (Avante) fez uma denúncia através de suas redes sociais contra a gestão da Secretaria de Mobilidade Urbana, pedindo providências ao prefeito Helinho Aragão (PSD) por suposto nepotismo e irregularidades em pagamentos.
Nepotismo e conflito de hierarquia

O primeiro ponto da denúncia refere-se ao secretário de Mobilidade Urbana, Fábio Santos. A vereadora alega que a esposa do secretário, Vanessa, foi nomeada em cargo de chefia na pasta, o que configuraria nepotismo direto e feriria as leis que impedem essa relação de hierarquia. Jéssyca Cavalcanti também citou que Vanessa saiu da planilha de plantões quando o marido assumiu a secretaria. A vereadora ainda mencionou a participação da esposa do secretário em programas de rádio, apresentando-se no cargo para a população.
Irregularidades na Comissão JARI
O segundo ponto da denúncia envolve o servidor Misael, chefe administrativo da Secretaria. A vereadora questiona a participação de Misael na comissão JARI (Junta Administrativa de Recursos de Infrações).
A lei municipal prevê que cada membro da comissão recebe 20% de um salário mínimo por cada reunião, sendo que a comissão se reúne quatro a cinco vezes por mês.
A denúncia aponta que, embora o mandato na comissão seja de um ano, podendo ser prorrogado por mais um ano, o servidor Misael já faria parte da comissão por cinco anos.
Jéssyca Cavalcanti questionou um pagamento de “quase R$ 100 mil” no dia 3 de janeiro de 2024, referente ao ano de 2024, destacando que o dia 3 de janeiro tem apenas dois dias úteis e perguntando como houve tempo de a comissão se reunir 20 vezes.
A vereadora solicitou que o prefeito Helinho Aragão encaminhe ao seu gabinete todas as reuniões da comissão JARI para verificar a produtividade e a necessidade dos encontros, além das portarias assinadas.
A vereadora finalizou criticando que, enquanto a Secretaria de Mobilidade Urbana deveria estar focada na fiscalização do trânsito, como as questões na serra do Cruzeiro no bairro da Palestina e a organização na alta temporada, os gestores estariam preocupados em se “auto-se-beneficiar”.
Nem a Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe e nem os citados se pronunciaram até o momento sobre a denúncia da vereadora.















