Professor efetivo do município, 38 anos, evangélico, pai de dois filhos, casado e autodenominado “amante, louco e apaixonado por Santa Cruz do Capibaribe”. Esse é um breve perfil do pré-candidato do grupo Verde, Allan Clemente, entrevistado na manhã desta segunda-feira (03), no Programa Rádio Debate da Rádio Polo. Ele falou sobre a decisão do grupo para o seu nome e os desafios que deve enfrentar ao longo da corrida eleitoral deste ano.
Allan Clemente esteve acompanhado por vários apoiadores, a exemplo dos empresários Allan Carneiro e Alan César, alguns pré-candidatos ao cargo de vereador e parlamentares, como Zeba e Nega, entre outros. (Capilé justificou ausência, em virtude de um falecimento de pessoa próxima a ele).
O pré-candidato descartou, de maneira veemente, aliança com o grupo Boca-Preta, algo ventilado nos bastidores e garantiu que prefere perder a eleição a fazer esse movimento político. “Não há como nos juntarmos com grupos que somos opositores. Somos contrários às ideias que esses grupos imprimem. Eu me junto é com o povo”, disse e completou pouco depois “Eu perco a eleição e sigo meu ideal”.
Allan reafirmou críticas às alas tradicionais do município, afirmou que a prefeitura está ‘inchada’ por conta das eleições e garante que, numa eventual gestão, a questão ‘técnica’ será determinante para suas escolhas. “Não entro numa guerra perdida, nem entro perdido numa guerra. Vou com os pés no chão, mas de cabeça erguida”, disse o pré-candidato sustentando que não vai ‘nacionalizar’ o pleito.
Confira abaixo alguns trechos e áudio na íntegra:
Demorou? – O pré-candidato reconhece que houve certa demora nas definições do grupo Verde, no entanto, diz entender que ‘precisava passar por esse momento’, que respeitou todos que se colocaram como pré-candidatos e, depois, recuaram por algum motivo “não vou dar rasteira em ninguém”, comentou.
Vice – Ao falar sobre a composição para disputa majoritária, Allan afirmou que já ‘existem bons nomes dispostos’ do PP e do partido Novo, mas não adiantou nenhuma opção. “Que nos represente e que tenha o mesmo ideal”, pontuou.
Robson Ferreira – Ao ser questionado sobre as relações com Robson Ferreira, presidente do Diretório Municipal do PP, Allan se mostra muito tranquilo e afirmou que o empresário é um dos seus apoiadores e incentivadores. “Ele colocou de forma enfática que está conosco”, disse.
Eduardo da Fonte – O professor também não poupou elogios ao deputado federal Eduardo da Fonte, presidente estadual do PP, e destacou encontro há algumas semanas. “Ele foi corretíssimo e verdadeiro e disse ‘não posso apostar em quem eu não conheço (naquele momento), me abraçou e disse para colocar meu nome. Eu concordo com ele, fui pra rua, coloquei Deus à frente e apresentei meu nome como pré-candidato”, falou Allan Clemente.
Saúde e Educação – No momento de críticas mais contundentes às gestões passadas e atual, Allan focou na Saúde e Educação. No primeiro, compreende que é inconcebível que o município tenha apenas uma unidade de emergência (UPA 24H) que, segundo ele, ‘serve apenas como rodoviária’, referindo-se às transferências de casos de média e alta complexidade, sobretudo, para Caruaru e Recife.
No quesito educação, o pré-candidato fez críticas ao prefeito Fábio Aragão. “Santa Cruz recebeu R$ 87 milhões, ano passado, apenas de Fundeb, não conseguiu entregar nada, nem fez reajuste (da categoria dos professores). Esse ano, R$ 121 milhões e não temos uma entrega de escola. Pelo contrário, fechou escolas, fazendo com que outras inchassem”, disse, ao afirmar haver sobrecarga de alunos em algumas unidades.
Raquel Lyra – Questionado sobre o possível apoio da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, Allan relembrou que esteve à frente da coordenação de campanha em Santa Cruz e região, da então candidata em 2022, e acredita que ela estará em seu palanque neste ano.
