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Senador Humberto Costa concede entrevista ao Rádio Debate e fala sobre eleições, CPI da Pandemia, Federação Partidária outros temas

 

Humberto falou sobre o cenário nacional e as eleições em Pernambuco (Agência Senado)

 

Na edição de hoje do programa Rádio Debate, da Rádio Polo, o senador Humberto Costa (PT) concedeu entrevista, onde abordou diversos temas com os participantes do principal programa político da região Agreste.

Humberto falou sobre as eleições no âmbito estadual, federal e CPI da Pandemia, onde o senador foi um dos protagonistas.

Destacamos alguns dos temas tratados:

Federação partidária

O senador petista apoia a possibilidade de realização da federação partidária, que teria início nas eleições deste ano, ciente de que esta é uma necessidade de garantir sobrevida a partidos históricos e com ideologias definidas no país. Ele afirma que o PT foi convidado inicialmente a reunir em uma federação os seguintes partidos: PSB, PCdoB e PV.

“A ideia é boa porque um candidato eleito pode iniciar o governo com uma boa base e garantia de governabilidade, no caso da eleição presidencial, cerca de 150 parlamentares, evitando colocar o governo na condição de refém, como acontece atualmente”, observou.

 

Adesão do PSD e chapa Lula/Alckmin

 

Chapa entre petista e ex-tucano é cogitada com frequência para as disputas de outubro (Gazeta do Povo)

 

Humberto afirmou que o PSD, do ex-ministro Gilberto Kassab também teria realizado acenos à candidatura de Lula, em troca de apoio em algumas candidaturas estaduais.

“Este entendimento deve acontecer, o que cria a base para que o PSD faça parte deste resgate de quatro anos de tragédia política, econômica, social e sanitária que são o Governo Bolsonaro”.

Humberto afirmou que o PT não pode interferir em adesões de outros nomes, nem mesmo para a tentativa de uma composição de chapa, como se cogita com o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que deve confirmar sua filiação ao PSB.

“Se ele se filiar no PSB e o partido aceitar ele compor chapa na vice será bem vindo, mas independente do partido, desde que ele esteja em um partido democrático, também será bem vindo”, pontuou.

Terra arrasada

Na visão do senador Humberto Costa, o próximo presidente do Brasil terá grandes dificuldades em governar, em virtude do cenário deixado pelo Governo Bolsonaro.

“Independente de quem for, irá encontrar no Brasil o cenário de terra arrasada”.

CPI da Pandemia

 

A CPI da Pandemia foi um dos principais esforços do Senado no ano passado (Agência Senado)

 

Humberto Costa foi um dos membros atuantes da CPI da Pandemia, que tomou parte de grande parte dos trabalhos do Senado Federal no ano passado, ele acredita que a Comissão cumpriu seu papel e agora outros órgãos como o Ministério Público e a Procuradoria Geral da República precisam dar sua contribuição para julgar as descobertas.

“A CPI não acabou em pizza, acabou em vacina, compra de testes, denúncia da atuação do Governo Bolsonaro. Entregamos o relatório ao MPF, Tribunal de Contas da União, Supremo Tribunal Federal, tribunais internacionais. Agora cabe a cada um destes órgãos cumprir sua responsabilidade”, explicou.

O senador também cobrou a atuação da Procuradoria Geral da República, que nas suas palavras, estaria fazendo movimentos tímidos para dar andamento ao resultado da apuração do inquérito.

Humberto antecipou ainda que nos próximos dias, outros agentes envolvidos no enfrentamento da pandemia, como o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga e do diretor da Anvisa, Antônio Barra Torres, para prestarem mais esclarecimentos.

Eleições em Pernambuco

Pré-candidato ao Governo do Estado, Humberto reforçou a necessidade de manter o alinhamento da aliança nacional em torno da pré-candidatura do ex-presidente Lula, acreditando que o debate das eleições deste ano será nacionalizado. Ele acredita que seu nome tem a musculatura necessária para garantir mais uma vitória à Frente Popular.

“Política não é matemática, nem acordo moral simplesmente, temos que analisar qual caminho para uma vitória mais ampla. Nossa candidatura hoje poderia unir a Frente Popular, ter uma amplitude fortíssima com Paulo Câmara candidato ao Senado, e teria uma identificação com o Presidente Lula”, apontou.

Marília Arraes

 

Mesmo com acenos públicos do ex-presidente Lula, Humberto deve novamente escantear o nome de Marília na disputa estadual (Instituto Lula)

 

A deputada federal Marília Arraes (PT) chegou a ser pré-candidata ao Governo em 2018, no entanto, seu nome foi preterido em troca do apoio à reeleição de Paulo Câmara para o Governo do Estado e o apoio ao nome do próprio Humberto, que conseguiu também a eleição para o Senado.

Em pesquisas recentes o nome de Marília voltou a pontuar com nível considerável de intenções para a disputa ao Senado, mas Humberto não esconde a preferência para que Paulo Câmara seja candidato.

“O melhor nome para a disputa ao senado hoje seria Paulo Câmara. Marília tem condições de ser candidata a qualquer cargo no nosso estado, mas iremos analisar qual seriam outros nomes como os deputados Carlos Veras, Tereza Leitão, temos que ver qual desses nomes somaria mais na própria Frente Popular, temos que levar isso em consideração.

Oposição

Humberto afirmou que na sua visão, o bloco de oposição em Pernambuco não consegue apresentar união, por faltar unidade em apoio às candidaturas presidenciais.

“Raquel Lyra apoia João Dória (PSDB), Anderson Ferreira apoiará Jair Bolsonaro (PL), e não serei de quem será o apoio de Miguel Coelho, já que o União Pelo Brasil não definiu seu próprio caminho, já acenou com Sérgio Moro, com o próprio PT e com o MDB”, analisou.

Apesar da falta de definição prévia, Humberto acredita que como o pai de Miguel, o senador Fernando Bezerra Coelho foi até poucos meses o líder do Governo Bolsonaro no Congresso Nacional, acredita que seu apoio não deve ser a outro nome.

O Rádio Debate vai ao ar de segunda à sexta, às 8h30, na Rádio Polo:

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