Em entrevista coletiva realizada ontem no Palácio do Campo das Princesas, a sede do Governo de Pernambuco, o secretário de Saúde, André Longo, afirmou que a decisão sobre a possível realização do Carnaval só poderá ser discutida no próximo ano.
Ainda na fala, ele afirmou que de acordo com estudos, a capacidade de público para eventos foi ampliada agora para 7.500 pessoas. Além disso, o número de pessoas por mesa em bares e restaurantes passa a ser de até 50. Essas medidas entram em vigor na segunda (29).
Outra novidade é que a partir do dia 1º de dezembro, serão exigidas as duas doses da vacina contra a Covid-19 para quem quiser entrar em estabelecimentos públicos.
O decreto com todas as regras para cumprimento da norma será publicado nos próximos dias no Diário Oficial do Estado.
Sobre os eventos de final de ano, Longo afirmou que ainda é cedo para alguma decisão, porém, o monitoramento está sendo feito constantemente, para que isso seja definido.
“O que a gente tem até agora, que vale para réveillon e que poderá valer para janeiro e fevereiro, é a definição dos eventos limitados a 7.500 pessoas com controle vacinal de 100% das pessoas nestes espaços. Muito provavelmente a definição sobre Carnaval não será tomada este ano”, afirmou.
Segundo o secretário, será observado o cenário epidemiológico antes de uma decisão definitiva sobre a festa.
“A gente respeita muito todo o contingente que está envolvido no carnaval e até por isso mesmo a gente tem que observar os cenários, o que está acontecendo no mundo e o que está acontecendo no Brasil para tomar essa decisão com o maior suporte científico possível”.
Antes da coletiva de acompanhamento da pandemia, a realização do carnaval foi tema de uma nota publicada pelas academias pernambucanas de Ciência se Medicina.
As entidades alertaram para os riscos dos festejos diante do aumento do número de casos de Covid na Europa.
“A gente viu o documento, respeitamos muito essas instituições. Temos ouvido especialistas, instituições, seguido a orientação da ciência e feito análise de cenários. Estamos observando a chegada da sazonalidade europeia, que está trazendo problemas, especialmente nos países com menos pessoas vacinadas”, afirmou André Longo.