Repente de viola é reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil

 

O poeta Amaro Dias é um dos grandes nomes do repente em Santa Cruz do Capibaribe (Reprodução / Facebook)

 

O Repente, uma das manifestações artísticas que fazem parte da identidade do Nordeste, foi reconhecido na última semana como Patrimônio Cultural do Brasil, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O pedido de registro havia sido formalizado no ano de 2013 pela Associação de Cantadores Repentistas e Escritores Populares do Distrito Federal e Entorno, desde então, o Iphan iniciou o processo de registro, que inclui a descrição da arte e a documentação, inclusive com registro audiovisual, formando um dossiê.

De acordo com os registros, os fundamentos do repente são a métrica, rima e oração.

A rima diz respeito à identidade do som no final dos versos. A métrica se refere à técnica do improviso e às características da linguagem: quantidade de versos, modalidade das estrofes e acento de cada verso.

O levantamento do Instituto apontou que há mais de 50 modalidades dessa arte.

Há os versos heptassílabos, com acentuação tônica obrigatória na sétima sílaba além dos decassílabos, em que o acento obrigatório está na terceira, sexta e décima sílabas de cada verso.

De acordo com o Iphan, com o reconhecimento, o repente foi inscrito no livro de registro das formas de expressão, onde também estão registrados a Roda de Capoeira, o Maracatu Nação (PE), o Carimbó (PA) e a Literatura de Cordel.

Após o reconhecimento partir de agora, a arte deverá a ser alvo de políticas públicas para fomento e preservação. Segundo o Iphan, há registros da prática do repente desde meados do século XIX nos estados de Pernambuco e Paraíba.

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