
Depois de vários anos sem uma partida de futebol à noite, voltamos a presenciar o Ypiranga jogando em casa, à noite, pela segunda divisão do Pernambucano, com o campo lotado. Isso mostra que o clube tem uma torcida numerosa e apaixonada. Contudo, em conversa com algumas pessoas que estão acompanhando de perto os bastidores do Ypiranga, fiquei sabendo de uma triste e preocupante realidade (que precisa mudar).
A atual diretoria tem se esforçado, mas o fato é que o Ypiranga segue mergulhado em dívidas que se acumularam por vários anos e que se tornaram impagáveis com as atuais formas de geração de receita. Com o Ypiranga sem capacidade de investimento, o Estádio Otávio Limeira Alves segue com uma estrutura antiga e cada vez mais deteriorada, longe de oferecer o ambiente que a nossa torcida tanto merece.
Acredito que já passou da hora de criar condições baseadas em seriedade, transparência, governança, estratégia, planejamento e visão de futuro, para que se possa negociar a área supervalorizada do Estádio Otávio Limeira Alves com o propósito de liquidar as dívidas do Ypiranga e construir uma arena multiuso em outra localidade, projetada para partidas de futebol, shows e eventos, que possa ser autossustentável do ponto de vista financeiro.
Sem dívidas, com o clube social oferecendo bons serviços de lazer, equilíbrio financeiro e uma arena multiuso autossustentável, o Ypiranga criaria um cenário promissor para viabilizar parcerias e implantar um novo modelo de gestão. Seria o Ypiranga com que o torcedor sonha, representando a cidade-mãe do polo de confecções de Pernambuco e nosso povo trabalhador.
Entretanto, do jeito que vai, o patrimônio material do Ypiranga corre sério risco de desaparecer em leilões destinados ao pagamento de dívidas que vêm se acumulando há alguns anos.
Que Ypiranga queremos daqui a 5 anos, daqui a 10 anos?
















