Professores emitem Carta à População, contrários ao estudo de viabilidade publicado pela prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe

 

Em protesto recente, os professores rasgaram simbolicamente os seus diplomas, revoltados com a falta de valorização através do reajuste (Gilson Fernandes / Blog da Polo)

 

Nesta quarta (23) a Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe divulgou um estudo de viabilidade financeira apontando a impossibilidade de concessão do reajuste salarial para os professores no percentual de 33,24%, conforme anunciado pelo Governo Federal no início do ano.

Professores representando o Sinduprom, emitiram na manhã desta quinta (24) uma carta onde afirma que o estudo não condiz com a realidade, não servindo para embasar a negativa em conceder do reajuste.

 

Apesar de uma série de reuniões, Prefeitura e Sinduprom ainda não chegaram a um acordo (Divulgação / Assessoria)

 

Carta aberta à População

Os professores de Santa Cruz do Capibaribe, que estão em greve devido a gestão irresponsável do nosso município na educação, lamentam profundamente a publicação de um estudo de viabilidade financeira, QUE NÃO CONDIZ COM A REALIDADE, por parte da prefeitura municipal, que embasaria a NÃO concessão do nosso reajuste salarial de 33,24%, este previsto na LEI FEDERAL 11.738/2008 (lei do piso) e pela LEI MUNICIPAL 1.885/2010 (pccm), confirmado pelo governo federal através de portaria interministerial.

O referido estudo foi realizado por empresa particular que presta serviço à prefeitura, e não por órgãos de controles públicos, que poderiam pedir auditoria de dados financeiros e contratos temporários por prestação de serviços por pessoas físicas e jurídicas.

Diante disso, Ignora completamente alguns fatos como:

  • O aumento de mais de 5 milhões de reais no primeiro bimestre de 2022 se comparado ao ano de 2019, ano do nosso último reajuste e base para o nosso salário atual, um acréscimo de mais 56%.
  • O aumento absurdo da folha de pagamento do município no ano de 2021 de mais de 15 milhões de reais em relação a 2020, equivalente a 36,5%, em um ano onde as escolas ficaram quase 10 meses fechadas e que não houve reajuste salarial para a classe de professores.
  • A proposta do sindicato dos professores para concessão do reajuste de 33,24% em três parcelas, que ao final do ano traria um impacto financeiro de aproximadamente metade do percentual, possibilitando o reajuste e tempo hábil para organização das contas.
  • A tentativa de maquiar a realidade, seja dos problemas estruturais de algumas escolas ou da enorme quantidade de recursos que chegam mensalmente para a educação do nosso município e que possibilitam o nosso reajuste, mostram como a gestão municipal trata os professores, pais e alunos, onde a aparente “abertura ao diálogo” serve apenas para impor sua verdade de forma unilateral, recusando-se a expandi-lo para a busca de soluções que resolvam os problemas da educação do município.
  • Os professores reafirmam o seu compromisso com a educação, com os alunos e com a sociedade de forma a lutar por melhorias para a rede municipal de ensino, para garantir que todas as escolas tenham aulas presenciais e para que as leis sejam cumpridas.

SINDUPROM em Santa Cruz do Capibaribe.

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