População reclama de crescimento no número de animais nas ruas e risco de transmissão de leishmaniose

Cachorros em situação de rua estão mais vulneráveis a serem infectados com a doença (Fernando Lagosta)

Nos últimos dias, ouvintes da Rádio Polo FM fizeram reclamações a respeito do aumento da quantidade de cães nas ruas de Santa Cruz do Capibaribe, que poderiam estar infectados por leishmaniose.

A leishmaniose é uma doença infecciosa, transmitida pelo mosquito-palha, um inseto de hábitos específicos, que costuma se alimentar no início da manhã e da noite.

Esta doença não é transmitida pelos cachorros para humanos, apenas através dos insetos, e em humanos pode provocar anemia, palidez, perda de peso, e em casos mais graves, inchaço do abdômen devido ao aumento do fígado e do baço.

A leishmaniose está presente em 42 países, e os cachorros são vetores da doença, assim como algumas espécies de macaco são vetores da febre amarela, os animais que se encontram em situação de rua estão mais vulneráveis à transmissão da doença pela sua exposição.

Para evitar o contágio da doença, além da vacinação, os cachorros podem usar coleiras repelentes para evitar picadas de insetos que podem transmitir a doença.

O médico Breno Tabosa explica que os tratamentos podem ser feitos para curar cachorros infectados pela leishmaniose.

“O tratamento inicial é de 3 mil reais e pode chegar até 5 mil, não é feito na rede pública, mas existem clínicas na região que fazem esse tratamento”, afirma.

Breno Tabosa reforça que a população precisa tomar cuidado ao avistar animais de rua, para que não venham a ferir os cachorros acreditando que eles estejam infectados.

“Apenas a consulta laboratorial pode identificar se os animais estão devidamente acometidos pela doença, as pessoas não podem julgar um animal por sua aparência e tomar medidas sem responsabilidade”, explica.

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