Foi reprovado na Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Capibaribe, nessa terça-feira (27), o projeto de lei que solicitava autorização para contratação de um empréstimo da prefeitura junto à Caixa Econômica, com objetivo de construir um hospital municipal. O projeto voltou à pauta após decisão judicial que decidiu pelo ‘trancamento’ até que o projeto fosse apreciado pelos parlamentares.
O projeto havia sido apresentado pelo próprio prefeito Fábio Aragão, ainda no final do ano passado e, desde então, estava sob forte discussão política entre os vereadores. A solicitação era de empréstimo no valor de R$ 35 milhões.
Quando apresentado de maneira oficial na Câmara, uma maior discussão foi acentuada depois de uma emenda de autoria da vereadora Jéssyca Cavalcanti (PSDB), visando diminuir o pagamento do empréstimo para 36 meses. A disponibilidade ofertada pela Caixa era de pagamento em até 120 meses, sendo 24 meses de carência e 96 de amortização da dívida.
Para governistas, a votação da emenda aconteceu de maneira irregular e ingressaram com um mandado de segurança na Justiça, pedindo sua anulação. De acordo com a gestão, o projeto com a emenda posta em pagamento em até 36 vezes, ficaria inviável.
Com ou sem emenda?
Questionado por Augusto Maia, antes de iniciar a votação do projeto, o presidente Zeba afirmou que a emenda segue na justiça, e que a votação dizia respeito apenas ao projeto. Pouco tempo depois, Augusto voltou a questionar, já que a emenda constava no sistema oficial da Casa de Lei como aprovada.
Votação do projeto
Com argumentações ásperas, o projeto foi reprovado por 9 a 7. Votaram favoráveis todos os governistas, argumentando, principalmente, a necessidade da unidade de saúde para o município: Augusto Maia, Carlinhos da Cohab, Flávio Pontes, Emanuel Ramos, Vando da Sertec, Gilson Julião e Soares.
Votaram contrários os oposicionistas, alegando, principalmente, que a prefeitura não demonstrou confiança e que o projeto seria inviável financeiramente com dívida para futuras gestões: Jéssyca Cavalcanti, Nailson Ramos, Zé Boi, Nego Zé, Demir da Saúde, Zezin Buxin, Capilé, Zeba e Rosângela Nega.
O vereador Caetano Motos não compareceu.
