“Não tem plano ‘B’, é tocar o barco, vencer as eleições e ser prefeito”, diz Antônio de Roque em entrevista à Rádio Polo

Candidato falou sobre imbróglio jurídico e plano de governo

Fotos: Maryana Lira.

Tentando o sexto mandato como prefeito do município de Jataúba, Antônio de Roque (Podemos) foi o entrevistado na Rádio Polo na manhã desta terça-feira (17). O político foi eleito pela primeira vez em 1992 e venceu, também, as eleições majoritárias de 2000, 2004, 2012 e 2016. Para 2024, o ex-gestor tem como adversários no pleito, Dra. Cátia Ribeiro (PP), que busca a reeleição, e Fábio Mamão (PT), atual vice-prefeito.

Durante sua participação, o candidato fez questão de exaltar o trabalho realizado em administrações passadas que, em seu entendimento, lhe gabaritam para nova postulação, respondeu sobre imbróglio jurídico e plano de governo, entre outras coisas.

O candidato argumenta que administrar um município, atualmente, está menos complicado do que em períodos que esteve à frente da gestão por, segundo ele, haver hoje mais recursos que antes. “Se tiver senso, dá pra fazer uma grande administração”, fala, acrescentando em outro momento, críticas à prefeita, afirmando que ‘teria prometido muito e não entregue à população ao longo desses quase quatro anos’.

Fábio Mamão – Durante a pré-campanha, circulou nos bastidores a informação da possibilidade de junção entre Antônio de Roque e Fábio Mamão, adversários históricos no município. Questionado, o candidato não negou ‘encontros e conversas’, mas apontou que, além da decisão de ambos em pleitear o posto de prefeito, sentiu a rejeição do eleitorado dos dois.

Saúde, segurança e educação – No plano de governo do candidato não consta a palavra ‘construir’, quando os temas são Saúde e Educação. Após relatar uma série de obras que teriam sido conquistas ao longo de seus mandatos, Antônio ressalta a importância de requalificar os ambientes e melhorar o funcionamento de cada setor.

No item Segurança, ele fala em aumentar, de maneira substancial, o número do efetivo da Guarda Civil Municipal (GCM). Segundo ele, há atualmente menos de 10 homens, pretendendo elevar para, no mínimo 30, chamando concursados.

Justiça

O candidato enfrenta pendências jurídicas para disputar a eleição deste ano. Na última semana, o Juiz Eleitoral Lucas do Monte Silva decidiu impugnar a candidatura de Antônio de Roque, atendendo a uma ação do Ministério Público Eleitoral (MPE). Na ação, o MPE teve como base contas de 2020 reprovadas na Câmara de Vereadores do município. De acordo com o órgão, as contas foram ‘rejeitadas por irregularidade insanável que confira ato doloso de improbidade administrativa’.

Dentre os pontos colocados pelo Ministério Público, estão “a superestimação das despesas do município, falta de planejamento no gerenciamento do Instituto de Previdência municipal e ausência de repasse do duodécimo fora do prazo constitucional”.

Nessa segunda-feira (16), a campanha do candidato sofreu um novo revés, uma vez que o juiz rejeitou os embargos declaratórios (contestação da defesa) e manteve a candidatura impugnada. O político mantém a crença na reversão judicial no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE).

Antônio de Roque enfatiza que o próprio Ministério Público Eleitoral se equivocou na ação quando informou que as contas foram rejeitadas pelo TCE-PE e ratificadas pela Câmara de Vereadores. Na verdade, o parecer do Tribunal recomendava aprovação com ressalvas, mas foi derrubado pelos vereadores, que têm essa prerrogativa.

No entendimento do candidato, houve uma decisão na Câmara ‘puramente política’, após mudanças de ex-aliados para a base governista, que abriu precedente para o imbróglio jurídico. Antônio de Roque se mantém convicto de que conseguirá reverter o quadro, há poucos dias da eleição e garante não ter ‘plano B’.

Durante o processo eleitoral, as entrevistas são conduzidas por Ralph Lagos e Janielson Santos. Nessa quarta-feira (18), o entrevistado será Fábio Mamão (PT).

Confira a entrevista na íntegra:

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