“Há 67 anos um fala do outro, e quando chega ao poder faz o mesmo”, diz Afrânio Marques sobre Taboquinhas e Bocas Pretas

O PDT de Afrânio Marques apoia a pré-candidatura de Allan Carneiro (PSD) em Santa Cruz (Jairo Gomes)

Na manhã desta segunda-feira (29), o ex-vereador Afrânio Marques concedeu entrevista ao programa Estúdio Livre, da Rádio Polo, onde falou sobre vários temas, como a aliança do Partido Democrático Trabalhista (PDT), PSL e PRTB, em Santa Cruz do Capibaribe para 2020.

Estes partidos, nas eleições de 2018 estiveram em posições contrárias, um representado pelo ex-presidenciável Ciro Gomes, os outros dois, deram legenda ao presidente Jair Bolsonaro (atualmente sem partido) e Hamilton Mourão, vice-presidente eleitos naquele ano.

Afrânio apontou que nas outras três pré-campanhas (Dida de Nan, Fernando Aragão e Helinho Aragão), há alianças com o Governo Federal em nível nacional.

“O palanque do prefeito tem Fernando Bezerra Coelho, líder do governo no Senado. No palanque de Fernando, tem Eduardo da Fonte, do PP, do Centrão, base de apoio do governo. No palanque de Helinho tem Zé e o Republicanos, que é do filho do presidente”, apontou.

Na visão de Afrânio Marques, nos palanques de Dida de Nan, Fernando Aragão e Helinho Aragão há alianças com o Governo Bolsonaro, por isso não vê problemas na aliança do PDT com o PSL e o PRTB (Reprodução / Internet)

Afrânio disse que não há nenhuma divergência entre a aliança o PDT com partidos de direita, e que teria inclusive comunicado esta condição ao gabinete do deputado federal Túlio Gadelha e que ‘não temia a ação de coronéis’, dizendo que os partidos não têm vida orgânica no interior.

“Pode ser que algum coronel vá lá fazer um ruído. A gente respeita a posição de todo mundo, agora se algum coronel for, a gente vai fazer uma campanha em redes sociais, para mostrar as práticas deles”, adiantou.

Afrânio Marques afirmou ainda que optou pela adesão ao projeto de Terceira Via, por entender que os grupos Taboquinha e Boca Preta teriam práticas semelhantes ao longo da história. Ele já integrou tanto os grupos Boca Preta, como Taboquinha.

“Há 67 anos um fala do outro e quando chega ao poder faz o mesmo”, comparou.

Os votos de 2018 não são do PDT

Em 2018, um grupo de eleitores de Santa Cruz realizou atos políticos pela candidatura de Ciro Gomes, que teve 9.248 votos no município no primeiro turno (Reprodução / Internet)

O ex-vereador assegurou que não será candidato nas eleições de 2020, adiantou que não será candidato e afirmou ainda que a eleição de Ciro Gomes em Santa Cruz do Capibaribe em 2018, não seriam do partido, e por isso, a legenda não optou por ter candidatura própria. Em 2018, o candidato Ciro Gomes teve 9.248 votos em Santa Cruz do Capibaribe, ficando em terceiro lugar no primeiro turno.

Comparações na Câmara de Vereadores

Afrânio fez comparações entre sua gestão na Câmara de Vereadores, com as gestões de Zé Minhoca e Augusto Maia, apontando valores gastos com diárias e verba publicitária.

“Minha última licitação foi de 27 mil reais, a licitação da gestão do atual presidente, chega a 450 mil reais, digo com toda convicção, não há necessidade de gastar esses valores com divulgação”, disse.

Repasses do SantaCruzPrev

O ex-vereador Afrânio se posicionou contrário ao projeto de lei do poder executivo que suspende os repasses patronais da Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe ao SantaCruzPrev entre março e dezembro deste ano.

Quando vereador, Afrânio votou favorável a um parcelamento de repasses da prefeitura ao mesmo fundo de previdência, ele afirmou que naquela ocasião, os valores eram inferiores e que tem certeza que a dívida será herdada pelo próximo governo, dizendo que na sua visão, o prefeito Edson Vieira não fará o sucessor.

“Antes eu falava de dois milhões e pouco, agora são 12 milhões, é uma bomba chiando na mão do futuro prefeito”, afirmou.

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