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Gilson Julião deixa presidência da Comissão de Legislação e Justiça e alega ‘falta de compromisso’ de Augusto Maia e Emanuel Ramos

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Vereador ainda afirmou que outros vereadores usam da Comissão por conveniência

O vereador Gilson Julião (MDB) deixou a presidência da Comissão de Legislação e Justiça da Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Capibaribe. Tida como uma das mais importantes, a Comissão objetiva, entre outras coisas, analisar tecnicamente a legalidade ou não de projetos de lei.

Gilson não esconde seu desapontamento com membros da Comissão, alegando que, por diversas vezes, houve a necessidade de convocar o suplente para participar das reuniões “inclusive, com a realização de reuniões apenas com minha presença e do suplente Zé Boi”, afirmou.

A Comissão é formada ainda por Augusto Maia (Secretário) e Emanuel Ramos (Relator).

O vereador garante que entrou na Comissão com o objetivo de “realizar um trabalho de excelência, analisando e debatendo detalhadamente, questões legais dos projetos de leis”, mas que só percebeu empenho dos pares, no início.

“Outro fato que chama a atenção é a tentativa, por diversas vezes, dos colegas vereadores pressionarem para quem os votos fossem dados pela Comissão em Reuniões Ordinárias e Extraordinárias no plenário, sem o menor cuidado jurídico e nem muito menos com os pareceres dos assessores jurídicos, o que demonstra falta de cuidado com a Comissão”, diz Gilson Julião, acrescentando que ‘percebe que o regimento interno vem sendo descumprido, por reiteradas vezes’.

Questionado pelo Blog da Polo, Gilson alegou ainda que seu desapontamento também se dá pela condução de outros vereadores, inclusive do presidente.

“Querem usar da comissão por conveniência. Votando em plenário, sem parecer, quando é algo que tenham apelo popular ou para agradar alguém. Sem falar nas diversas vezes que o regimento interno vem sendo atropelado”, reclamou. 

Sob nova direção 

 

Com a saída de Gilson Julião, a presidência da Comissão ficará com a vereadora Jéssyca Cavalcanti. Ela afirmou ao Blog que, provavelmente, as reuniões devem ser marcadas para as terças e que isso deverá ser definido esta semana.

Sem pressão 

O presidente da Casa Dr. José Vieira de Araújo, Capilé, negou que tenha pedido ao ex-presidente da Comissão, qualquer parecer técnico em reuniões ordinárias ou extraordinárias, que tenha tido como interesse o colocar em situação vexatória ou de pressão.

“As vezes que pedi, nessas circunstâncias, foi de projetos que não necessitariam de alterações. Mas, meras formalidade por parte da Comissão”, disse Capilé, que parabenizou o trabalho de Gilson à frente da Comissão.  

‘Divergência azul’

O Blog da Polo entrou em contato com o vereador Augusto Maia que nega as alegações do ex-presidente. O vereador, que também já presidiu a Comissão em legislatura passada, afirma que sempre trabalhou de maneira normal e, quando precisou se ausentar, existiu a figura do suplente, que é uma condição legal para qualquer Comissão.

Augusto acredita que as afirmações de Gilson seriam para ‘disfarçar’ supostos atritos com colegas da própria bancada de Oposição (Boca-preta), com quem teria tido divergências de entendimento em relação ao trâmite em projetos envolvendo a Guarda Civil Municipal e Professores, no final de 2021.

 

‘Consciência tranquila’ 

Atual relator da Comissão, Emanuel Ramos também negou falta de empenho nos trabalhos internos e disse ‘ter consciência tranquila das faltas pontuais e por motivos maiores’ em algumas reuniões.

O parlamentar afirma que compreende a saída de Gilson Julião em virtude de pressões sofridas para emitir parecer em plenário em algumas situações.

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