Delegado indica que adolescentes que mataram Danilo Nunes tentaram extorqui-lo e sem êxito, decidiram matá-lo

 

 Quantia que eles tentaram extrair de Danilo foi de aproximadamente R$ 4 mil

 

A coletiva aconteceu no auditório Anderson Liberato, em Santa Cruz do Capibaribe (Reprodução/Facebook)

 

Na manhã desta quinta-feira (20), aconteceu uma coletiva de impressa conduzida pela 17ª DESEC e 21ª DPH, em Santa Cruz do Capibaribe, para esclarecer a morte do colunista social Danilo Nunes, que estava desaparecido desde a última sexta-feira (14), quando foi visto pela ultima vez, por volta das 22h, em imagens registradas por câmeras de monitoramento, quando saia de casa.

A coletiva aconteceu no auditório Anderson Liberato, no prédio da Delegacia de Santa Cruz do Capibaribe, após a apreensão dos menores de 16 e 17 anos apontados como autores do crime. Na coletiva estiveram presentes o delegado regional Flaubert Queiroz e o delegado de Homicídios, Elton Rodrigues.

Questionados pela impressa sobre a dinâmica do crime o delegado Elton Rodrigues responsável pelas investigações esclareceu alguns pontos do caso.

“O que a gente pode apurar é que a vitima conhecia, a gente não sabe precisar a intensidade desse relacionamento com um dos autores, mas existia sim o um relacionamento pretérito”, disse.

O delegado indicou que o crime foi praticado após uma tentativa de extorsão no valor de cerca de R$ 4 mil, onde Danilo teria se negar entregar a quantia ao trio.

“O ato infracional de homicídio foi orquestrado pelos três menores, no momento quando atraíram a vítima até a casa de um deles. A partir de então, chegando ao local, essa primeira empreitada que seria da prática de extorsão começou a desandar, foi nesse momento que eles resolveram por tirar a vida da vítima. Após isso ter ocorrido, eles sem saberem o que fazer com o corpo, resolveram por realizar a desova do corpo na zona rural Taquaritinga do Norte”, detalhou o delegado.

 

O homicídio de Danilo foi confirmado ontem após a apreensão de dois adolescentes de 16 e 17 anos (Reprodução / Facebook)

 

Quando questionado sobre quem teria assassinado o colunista social, o delegado disse acreditar que foi uma ação em conjunto e que não acredita que apenas um dos menores teria cometido o crime.

“Após terem realizado essa desova do corpo em Taquaritinga, acredito que logo após devido ao estado que eles se encontravam, eles tinham acabado de cometer um crime, segundo os menores em depoimento eles estavam muito nervosos, foi quando o que conduzia o carro, capotou o carro ali no município de Taquaritinga e morreu no local”, comentou.

O delegado disse que o celular de Danilo ajudou nas investigações e que um dos menores teria contatos frequentes com a vítima, mas não afirmou qual era o tipo de relação que existia entre Danilo Nunes e um dos autores.

“A gente não tem como precisar o tempo exato que eles se conheciam, um dos menores conhecia Danilo, mas a gente não tem como precisar, ninguém foi claro. Lógico que a gente lavrou o ato de apreensão dos menores, mas as investigações continuam até a gente esclarecer de forma exata e precisa as motivações, as circunstâncias que motivaram a pratica criminosa”, esclareceu.

Questionado se percebeu algum grau de arrependimento dos menores, o delegado afirmou que acredita que a apreensão fará com que eles percebam a gravidade do ato.

“Eu não pude mensurar esse grau de arrependimento. Mas eles foram surpreendidos e eu acho que isso por si só já causou arrependimento da pratica criminosa”. pontuou o delegado.

O corpo de Danilo permanece no IML do recife aguardando a liberação para o sepultamento, até que seja divulgado o resultado do exame de DNA após a coleta do material genético.

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