
Na manhã desta terça-feira (16), a Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Capibaribe realizou a 16ª sessão ordinária do período, onde apenas quatro projetos de lei estiveram em pauta, três para primeira discussão e votação e um para apresentação, além de cerca de 150 requerimentos.
Os requerimentos foram aprovados, os projetos a serem votados, também, porém, o único projeto para o qual não caberia nenhum tipo de discussão, uma vez que os projetos apresentados são enviados para as comissões antes de serem discutidos em pauta, foi o que acabou elevando o tom da sessão.
O projeto de resolução nº 083/2021, que institui verba de representação de caráter indenizatório no âmbito da Câmara Municipal de Vereadores, reajustando o salário do presidente da Casa em 50%.
A matéria é de autoria da Mesa Diretora, porém, Carlinhos afirmou não ter sido consultado para a inserção do projeto em pauta. O parlamentar cobrou questão de ordem para tentar esclarecer o fato.
“Quero avisar à população que sou contra esse projeto e me sinto envergonhado de ele ser colocado”, afirmou.
Capilé lembrou que que o momento não era apto para discussão, uma vez que ainda deveria ser apreciado pelas comissões, porém, Carlinhos retrucou, insistindo que não pretendia assinar nenhum projeto desta ordem.
“Faço parte [da mesa diretora], mas duvido o senhor colocar para que eu assine”, garantiu Carlinhos.
Capilé retrucou afirmando que Carlinhos, que é vice-presidente da Câmara, poderia deixar de integrar a mesa. Em meio ao bate-boca, o presidente chegou a ameaçar a expulsão de Carlinhos do plenário.
“Se vossa excelência não se contiver, vou pedir que se retire […], quer fazer tumulto onde não existe”, apontou Capilé.
Carlinhos, em sinal de protesto, durante boa parte da reunião deixou a cadeira da vice-presidência na mesa diretora, sentando-se no local onde costumam acompanhar os trabalhos, os vereadores da bancada governista.
Confira parte da discussão no vídeo abaixo: