
Introdução: Em uma campanha e durante um mandato, sempre a construção do discurso da oposição é mais fácil e de forte reflexão e penetração na mente das pessoas. Santa Cruz do Capibaribe teve em 2020 a eleição mais atípica de sua história, onde os grupos tradicionais tiveram suas estruturas eleitorais abaladas e uma nova força política surgiu. Desde a eleição afirmávamos que dificilmente o prefeito eleito teria mais de 50% dos votos e consequentemente não teria maioria na Câmara e assim ocorreu. Esse contexto faria com que o prefeito que fosse eleito, nesse caso Fábio Aragão (PP), não tivesse vida fácil e, de fato, com duas oposições que estão com olhos de lupa em relação à gestão, a vida política não é fácil.
Promessas: As cobranças em relação ao plano de governo e discursos construídos em entrevistas e debates são fiscalizadas de forma constante, e devemos entender que isso não é ruim. Pois, se de um lado a atual gestão propaga ações que foram prometidas e estão sendo colocadas em prática, da qual podemos destacar a organização no calendário de pagamento dos funcionários públicos, os pagamentos das taxas de nossas feiras em boleto e ar condicionado nas salas de aulas das escolas, por outro lado as oposições cobram promessas importantes que foram feitas e ainda não colocadas em prática.
Gastos com pessoal: Uma dessas promessas não colocadas em prática pela atual gestão no último ano e colocada em pauta durante a última semana foi a não redução dos gastos com pessoal. Sabemos que nesse período pandêmico existe a justificativa de que os efeitos punitivos para os munícipios que gastaram mais de 54% dos recursos com folha de pagamento ficaram suspensos pela lei complementar 178/2021, aprovada no Congresso Nacional. Contudo, no ano eleitoral, realizada em período pandêmico, os candidatos de oposição, inclusive Fabio Aragão, tinham como bandeira de campanha a redução da folha para fim de sobras de mais recursos e consequentemente os mesmos serem revertidos em obras para o município.
Tá alto: O número de 62% de gastos com pessoal no último quadrimestre de 2021 foi um prato cheio para as oposições, em especial o grupo Boca Preta, de forma especifica o ex-prefeito Edson Vieira (PSDB) que construiu um discurso de alma lavada, fazendo fortes críticas ao prefeito Fábio que durante a campanha de 2020 prometeu deixar a folha em 48%.
As falas (I): No programa “A Hora do Povo” do último sábado (5), duas falas chamaram nossa atenção, foram elas: A primeira foi a do ex-prefeito Edson, usando os discursos que durante muito tempo foi usado contra sua pessoa, de que os atuais 62% seriam sem a cooperativa médica e a terceirização da coleta de lixo, Edson ainda mostrou descrença na diminuição desses números sem a redução de serviços.
As falas (II): A segunda fala foi a da deputada estadual Alessandra Vieira (PSDB), onde a mesma destacou acreditar que Fábio estaria arrependido do que falou em campanha em relação ao referido tema. Alessandra ainda destacou que apesar de haver 62% dos gastos com pessoal, faltam serviços no município.
Nada fácil: Resumindo, como podemos observar, o prefeito Fábio tem uma missão nada fácil no corrente ano de 2022, dialogar e conceder reajustes salariais a diversas categorias que estão com salários congelados há dois anos, além de reduzir o atual percentual da folha, mantendo e ampliando os serviços para a população. Não tem segredo, Só dessa forma irá conseguir derrubar o discurso das oposições que se constroem de forma bem fundamentada, neste quesito, contra sua gestão.
Alerta: Só mais um alerta aos políticos, vivemos em uma era onde a informação se propaga rapidamente e se arquiva de forma muito simples. Portanto, cuidado com as falas e promessas, pois o que mais acompanhamos nos principais programas dos próprios políticos, são falas de outrora.
Curtinhas em áudio: Fica ligado, às 17h, na programação da Rádio Polo, tem mais Curtinhas do Romenyck Stiffen, tratando os bastidores da política de nossa região. Várias contas de ex-gestores e gestores estão para serem votadas nos próximos dias, já outras… fica ligado.
As opiniões expressas nesta coluna são de responsabilidade de seu autor.















