O medo e a ansiedade são sentimentos que estão intimamente interligados. Não dá pra dizer que uma pessoa tem um sem mencionar o outro e ambos são tidos como mecanismos de sobrevivência para a vida do ser humano.
O medo é relacionado a um objeto real, a algo que existe. Um exemplo disso é a sensação de alerta quando atravessamos a rua a fim de não sermos atropelados por nenhum veículo. Já a ansiedade é uma expectativa de risco que não é concreta; é um medo de coisas que podem ou não acontecer no futuro, mas não temos a certeza se de fato acontecerão.
O ansioso tem um perfil de personalidade controlador, dominador. Ele “gosta” de fazer planejamentos e se, por acaso, algo foge da sua “agenda”, ele desmorona e sente uma grande frustração. A sensação de insegurança e angústia vêm a partir da falta de controle sobre todas as situações da vida.
A sociedade da atualidade pela própria evolução nos mais variados setores, principalmente o tecnológico e virtual, faz com que nós todos desejemos e queiramos que tudo seja resolvido de imediato. Esses são níveis de aprimoramento e perfeição impossíveis de serem alcançados, mas mesmo assim, exigimos e acreditamos que conseguimos alcançar tais níveis de plenitude.
O que precisamos é perder a mania de querer controlar tudo e aceitar as intempéries que chegam nas nossas vidas e aprender com tudo o que nos sobrevêm, principalmente num momento tão difícil como esse que a humanidade está passando aonde não sabemos e não conseguimos controlar o “amanhã”. Contudo, temos a condição de tentarmos organizar nossas ideias e pensamentos ao nosso favor para não adoecermos da alma e da mente.
