Compesa estima abastecimento para Santa Cruz do Capibaribe com segurança por dois anos após chuvas do início de 2020

Açude Machados é um dos que está com sua capacidade total na região de Santa Cruz do Capibaribe (Acervo Blog Polo+)

Diante das chuvas recebidas no início do ano nos reservatórios da região de Santa Cruz do Capibaribe, que abastecem o município, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) estima que será possível assegurar o abastecimento por dois anos.

Esta informação foi apresentada na edição de hoje (06) do programa Estúdio Livre, da Rádio Polo, onde o coordenador técnico de engenharia da Compesa, Kássio Kramer falou dos níveis dos açudes Tabocas, Machados e Poço Fundo, e de problemas de abastecimento em alguns loteamento.

“Após as chuvas do início do ano, foi possível assegurar um importante acúmulo de água, o açude de Tabocas por exemplo está com 62% da sua capacidade, o melhor volume dos últimos anos, o que deve garantir uma autonomia por cerca de dois anos de distribuição de água nos locais onde ele atende”, apontou.

Kramer ainda lembrou que os açudes de Poço Fundo (Santa Cruz do Capibaribe) e Machados (Brejo da Madre de Deus) estão com sua capacidade total de armazenamento.

“Com essas recargas, será possível retomar o abastecimento em Santa Cruz onde há rede de distribuição”, disse.

Apesar das recargas, algumas localidades como os bairros Centro, Arcoverde, Cohab e Oscarzão não estão recebendo água com regularidade, segundo o coordenador técnico de engenharia da Compesa, a situação se dá devido a roubos e depredação da Estação de Tratamento de Água (ETA) no açude Machados, porém, para a normalização do sistema, já está em licitação a compra dos equipamentos para a reconstrução da estação.

Locais sem rede de abastecimento

Apesar da garantia do abastecimento para uma parcela significativa de bairros e loteamentos, existem localidades como os loteamentos Neco Aragão, Beira Rio e Gavião, onde não há uma rede de abastecimento construída, Kássio Kramer explicou que a responsabilidade de construção da rede nesses casos é das empresas que vendem os lotes, e que a Compesa já acionou o Ministério Público de Pernambuco para que as providências cabíveis sejam adotadas, de modo a garantir que os moradores destas localidades também possam ter acesso ao abastecimento através da rede.

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