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As Curtinhas do Romenyck Stiffen

 

 

Terça-feira: Existe uma forte expectativa de que o projeto de concessão do direito real de uso para exploração dos serviços públicos do Matadouro Público de Santa Cruz do Capibaribe suba para discussão e votação na próxima terça-feira, 15/06.  Falando no popular, o projeto tem por objetivo conceder, após uma concorrência, o matadouro aos cuidados e gerência de uma empresa privada para os próximos 10 anos, contudo, esta teria ou terá que fazer uma reforma no referido ambiente dentro das exigências do bom funcionamento, solicitadas pelos órgãos competentes.

Alternativa: Nos bastidores da Casa de Leis, é notório que a maioria dos vereadores de oposição vêm apontando que não são contra a concessão do direito real de uso para exploração dos serviços do Matadouro por parte de uma empresa privada, mas que não aceitam uma reforma no atual prédio e sim a construção em um novo local. A bancada Boca Preta elaborou uma emenda nesse sentido e os principais argumentos são os pontos que levaram a interdição do matadouro pelos órgãos competentes no período.

Apoio: Com as narrativas construídas sobre a importância do projeto, entre eles a agilidade e interesses para os custos de uma reforma, frente ao tempo de construção e interesses para os custos de um novo matadouro por parte de uma empresa privada, visivelmente o poder municipal conquistou o apoio da categoria que trabalha diretamente no setor econômico.

Suficiente?: Mais uma vez a narrativa do poder executivo foi mais bem construída que o da oposição, em relação à conquista dos interessados, assim como ocorreu com o projeto Auxílio Municipal Emergencial (que ainda não está beneficiando as pessoas). Resta saber se essa “pressão” e jogar de “responsabilidade” pra cima do poder legislativo será suficiente para aprovação do projeto.

Mais polêmica: Mal um projeto polêmico do Executivo entra em sua fase decisiva na Câmara de Vereadores, outro já chegou à referida casa de leis. Estamos falando do que trata sobre o aumento do perímetro urbano do município e que atinge em cheio a Serra do Exu que é uma APA (Área de Preservação Ambiental).

Narrativas: Assim como todo projeto, as narrativas começam a ser construídas, são elas: A oposição aponta que o projeto tem por finalidade beneficiar a construção do “Atacadão” em uma APA, enquanto o primeiro discurso oficial exposto ao público por parte do poder executivo partiu da secretária municipal de Desenvolvimento Urbano, Beatriz Arruda, afirmando que o objetivo do referido aumento está relacionado à necessidade documental do conjunto habitacional do Residencial Cruzeiro.

Bastidores: Perceptível que o confronto de narrativa acima citada não será a única e já é observada nos bastidores: A discussão da preservação ambiental das poucas áreas que existem no município X A geração de centenas de empregos diretos que a cidade possivelmente conquistaria ou conquistará. São duas narrativas fortes, interessantes e que os poderes executivo e legislativo tem que dialogar para não perder uma e nem a outra, caso contrário, qualquer que seja o resultado, o munícipio sairá perdendo e muito. Mas pra isso, as alas e os poderes precisam estar abertos ao dialogo.

Protocolando: Ainda sobre o tema, a vereadora Jéssyca Cavalcante (PSDB) afirmou, no grupo de WhatsApp da Rádio Polo-Política, que estará protocolando os ofícios solicitando as licenças de construção e licenciamento ambiental referente às obras do Atacadão.

Em tempo: Ainda falando sobre a Câmara de Santa Cruz do Capibaribe, o governo municipal provavelmente passará por muita turbulência na casa de leis. Vejamos: já noticiamos nessas Curtinhas o pedido de convocação de duas secretárias para esclarecimentos de suas pastas, Lívia Borba (Saúde) e Janaína Marques (finanças), na última quinta-feira, 10/06, vereadores de oposição apresentaram um requerimento solicitando a mesa diretora para que a casa crie uma comissão especial de enfrentamento à pandemia e por fim as vereadoras Jessyca e Nêga (PSD) apontaram que irão colher assinatura para CPI do “Gato”.

Trabalho: Observando o tópico acima, perceptível que o articulador político do município, Jason Lagos, terá muito trabalho pela frente, principalmente em engrenar a parte política da gestão quem vem falhando de forma constante. A aprovação dos projetos mencionados nessa coluna e o governo sair ileso desse fogo cruzado proporcionado pela Câmara, em menos de seis meses de gestão, será o teste de fogo para Jason.

 

As opiniões expressas nesta coluna são de responsabilidade do seu autor

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