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Diretor do Moda Center ratifica preocupação com negociação do Brasil e países asiáticos

O diretor do Moda Center, Tales Nery, foi entrevistado na manhã desta segunda-feira na Rádio CBN de Caruaru, onde comentou sobre o acordo que está sendo negociado entre Brasil e países asiáticos, como Coreia do Sul, Vietnã e Indonésia, e os possíveis impactos para o Polo de Confecções de Pernambuco.

Tales reconheceu a importância dos países e de sua relação com o Brasil, mas alertou sobre os diferentes ritmos de trabalho, custo de mão de obra e legislação ao trabalho escravo e infantil.

“Nós estamos acompanhando o desenrolar desta ação, mas sabemos também que os países asiáticos são os principais parceiros comerciais do Brasil. A China é um exemplo, é a maior compradora de mineiro de ferro, agrícolas e proteína animal, então sabemos que essa negociação faz parte de uma ponta de uma negociação maior. Entendemos que os países da Ásia tenham uma ideia de reduzir os custos, talvez até baixar para 0%, mas seria bastante maléfico com o nosso Polo, uma vez que a mão de obra lá e a burocracia são outras, eles têm um oposto totalmente diferente, a legislação em relação ao trabalho escravo e infantil é outra”, destacou.

Tales Nery afirmou que devido a isso, os custos de produção nos países acaba sendo abaixo e isso comprometeria a competitividade e a geração de emprego e renda.

“Eles conseguem chegar em um custo bem abaixo, acaba comprometendo a competitividade, consequentemente a geração de emprego, de renda, fazendo com que a economia não possa girar no ritmo necessário, e isso tende a atrasar ainda mais, caso essa negociação venha se efetivar de fato, essa retomada econômica, que tanto precisamos depois do momento de pandemia. O comércio precisa de uma retomada mais forte e isto poderia tornar mais lento”.

Tales ainda foi questionado sobre o que tem sido feito para cuidar da economia neste momento, em que a pandemia ainda afeta a região.

“Temos uma região bem desprovida de recursos naturais, nós sabemos que os índices pluviométricos da nossa região são um dos menores do Brasil, consequentemente fez com que nascesse uma economia, que nós consideramos oásis, em meio a um deserto que é impróprio para a criação de gado, para algumas atividades que acontecem de maneira mais natural, e nós conseguimos fazer daqui do Polo um lugar economicamente ativo e que tem se diferenciado no cenário nacional. Isso esperamos que as autoridades tenham sentido esta nossa causa, que afetaria muito a economia na nossa região, com um acordo dessa magnitude”, comentou o diretor.

Com informações do G1 Caruaru

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